Amarrações sem escapatória

Amarrações sem escapatória  

«deve haver bons motivos para acreditar na bruxaria; caso contrário, o Parlamento não teria legislado contra ela»

Lord Edward Coke, doutor de Cambridge, Juiz da Rainha Elisabete de Inglaterra ( 1552 – 1634)

 

A magia negra e a bruxaria estão longe de serem fenómenos reduzíveis a meras superstições e crendices de pessoas iletradas ou ignorantes. Até as mais brilhantes e doutas mentes observaram o fenómeno da magia negra, e dele deram testemunho. Dizia o famoso jurista William Blackstone ( 1723 – 1780), na sua obra «Comentários sobre as Leis de Inglaterra» ( 1765-1768) que negar a bruxaria e magia negra, é o mesmo negar as evidencias reais, assim como contradizer a Palavra de Deus em várias passagens, tanto no Novo como no Antigo Testamento. Em 1678, Sir George Mackenzie, ilustre e reputado advogado escocês do Rei, escreveu várias missas oficiais nas quais atestava sobre a existência de bruxas, e confirmava por seu próprio testemunho que a magia negra era uma realidade, e que os seus efeitos eram muito concretos. Um dos casos observados, foi o caso da bruxa Katherine Campbell. Não apenas este caso foi testemunhado por um advogado do Rei, como por dois reputados médicos. No ano de 1696,  a bruxa dirigiu um trabalho a uma mulher de nome Christine Saw, e passando por ela murmurou-lhe que já lhe havia desejado aquilo que queria que o Diabo lhe fizesse. A verdade é que passados dois dias, Christine sofreu fortes dores e convulsões. Uma amiga de nome Agnes viu-a ser levitada acima da cama, como uma boneca manobrada por uma mão invisível. Depois disso Christine sofreu vómitos violentos,. Vomitou cascas de ovo, alfinetes, pequenos ossos de animais mortos, ou seja, o conteúdo dalguns ingredientes que a bruxa Katherine Campbell tinha lançado ao seu caldeirao quando lhe lançou o bruxedo. Christine foi observada por dois médicos, o Dr. Mathew Brisbane, e o Dr. Marshall. Após examinarem a mulher, não conseguiam encontrar qualquer explicação para os eventos ocorridos. Como se pode assim comprovar, muitas das vezes nem os mais doutos médicos e doutores conseguem explicar como certos eventos acontecem, nem como certas manifestações aparecem numa pessoa embruxada. De nada lhes serve a sua preciosa ciência nesses momentos. Porem, os efeitos da magia negra nao falham, e os efeitos aparecem mesmo. Sempre.

Jacques Collin de Plancy ( 1793 – 1881) célebre ocultista e demonologista Francês, autor do influente «Dictionnaire Infernal», um tratado de demonologia publicado em 1818, faz nota «as doenças ou infortúnios provocados pela magia negra são resultado de maldiçoes.» E o demonologista Plancy debruça-se a classificar os vários tipos maldiçoes com que uma bruxaria de magia negra pode contaminar uma pessoa, fazendo especial menção ás maldiçoes que impelem a um relacionamento amoroso com uma mulher de outro homem, assim como aquelas que instigam ao relacionamento de uma mulher com um homem de outra mulher, assim como e inversamente, aquelas maldiçoes que levam as pessoas a odiar-se ou detestarem-se. Há também as maldiçoes que causam infertilidade no homem ou na mulher, ou que fazem os seus descendentes nascerem deformados ou mal-afortunados.  Há igualmente maldiçoes para destruir propriedade e riqueza, deixando a vitima num estado de pobreza, assim como maldiçoes para fazer adoecer, e até matar. Todas estas são as maldiçoes que são geradas pelas bruxas para contaminarem as suas vítimas, através de trabalhos de magia negra.

Gabrielle d’Strées ( 1573 – 1599), era mais famosa amante do rei Henrique IV de França, a quem o monarca atribuiu o título de Marquesa de Montceaux. Gabrielle estava prestes a conseguir casar-se com o rei, mas a verdade é que rainha e esposa do rei não admitia esse vexame, e procurou aos préstimos de uma bruxa.  Foi do conhecimento publico que passado algum tempo após o trabalho de magia negra ter sido lançado, a marquesa Gabrielle teve uma noite na qual sofreu de terríveis assombrações. No dia seguinte e ainda abalada, a marquesa passeava pelos jardins do seu palácio quando teve convulsões tão terríveis que a sua boca torceu até ficar na parte detrás da boca, e a mulher ficou completamente negra. O corpo da marquesa Gabriell ficou totalmente negro, tão negro como a magia negra que a tinha contagiado através da bruxaria. O caso tornou-se célebre na altura, e a bruxa que serviu a rainha tornou-se lendária, se bem que a sua identidade foi sempre preservada em segredo. A amarração que a Rainha encomendou venceu, e o seu marido permaneceu-lhe nos seus braços, na sua cama e no seu trono.

Um outro caso célebre do uso das amarrações, foi o caso sucedido França, com a jovem Marie-Catherine Cadiére.( n. 1709). Marie-Catherine Cadiére era uma lindíssima jovem de dezoito anos, quando apesar da sua beleza decidiu entregar-se á vida religiosa. Decidiu integrar um grupo cristão de oração e devoção, para depois ingressar no convento de St Claire-d’Ollioules. Entregou-se então aos cuidados e orientação espiritual de um padre Jesuíta de cinquenta anos, de nome Jean-Baptiste Girard. Em pouco tempo a jovem e bela donzela de dezoito anos estava totalmente rendida ao padre Girard, privando com ele imenso tempo. Porem, a jovem começou a sofrer estranhos ataques espirituais. Marie-Catherine Cadiére estava a sofrer de uma forte possessão demoníaca. Sofria de episódios nos quais perdia o controlo sobre o próprio corpo, exibia olhos descolorados e feições demoníacas assustadoras, a sua voz mudava para a voz de um homem, e foi certa vez vista levitar até ao tecto, ou subir por uma parede como uma aranha. As autoridades da Igreja agiram imediatamente de forma a exorcizá-la, tentando por três vezes a libertação da jovem, porem sem sucesso. Foi durante um dos exorcismos, que o próprio demónio revelou a verdade: Marie-Catherine Cadiére tinha sido embruxada pelo padre Jean-Baptiste Girard. O padre era na verdade um padre satânico que havia corrompido os seus votos sacerdotais e feito pacto com o Diabo. Desejando possuir a jovem noviça, o padre Girard tinha-a embruxado por meios de uma amarração de vela. A amarração funcionou impecavelmente, pelo que a jovem se entregou inteiramente ás caricias e lascivos desejos do padre satânico. Porem, havendo a jovem começado a resistir á continuação daquele relacionamento herético e proibido, então a possessão demónica causada pelo bruxedo aumentou a tal ponto, que o malefício se tornou visível diante de todos quando os sintomas de possessão demoníaca se tornaram muito evidentes. Porem, tendo a jovem ido novamente entregar-se ás caricias e á luxuria do padre satânico, imediatamente todos os seus tormentos desapareceram e esfumaram-se tão misteriosamente quanto tinham aparecido. Assim se comprovava aquilo que dizem os mais antigos grimórios de magia negra: as amarrações e os bruxedos fazem a vítima ser invadida de forte possessão demoníaca, por forma a obriga-la a ceder aos desejos do mandante do bruxedo. Cedendo a vítima entrega-se a todos os caprichos do mandante do bruxedo. Porem resistindo, a vítima sofre um purgatório de tormentos até ceder, e teimando em resistir então os tormentos aumentam até ao ponto da sua desgraça. A pessoa não tem alternativa senão ceder. Assim operam as amarrações de magia negra. E uma coisa é certa: a vítima nunca mais se livra do bruxedo, nem da sombra de quem a mandou embruxar. Nunca mais. È definitivo. E por isso, a pessoa não tem alternativa senão ceder.

A capacidade de infringir maldiçoes, tem desde sempre sido considerada como um dos principais atributos das bruxas e da bruxaria. As maldiçoes são o coração e o âmago da magia negra. È com maldiçoes que opera a magia negra, e é lançando maldiçoes que a magia negra gera os seus efeitos. A bruxas desde sempre que usam magia imagética, para com ela lançar maldiçoes a uma vítima. Usando de um boneco de cera, ou uma vela, um uma efigie, ou uma foto, ou uma corda baptizada com o nome da vítima, as bruxas desde sempre tem usado técnicas ocultas de magia negra para infestar as mais tormentosas maldiçoes nas suas vitimas. Algumas bruxas, como as lendárias bruxas de Somerset, usavam expressões vocalizadas ou encantamentos dirigidos a algo que representasse a vítima, para infligir uma maldição a essa pessoa. No caso das bruxas de Somerset, elas usavam da expressão «e a varíola levou», o que impregnava a vítima da maldição desejada. Outras bruxas não usavam de expressões vocais, mas sim de olhares profundos, o chamado mau olhado. As maldiçoes sempre foram extremamente temidas, pois podem ser letais. E a maldição entrava mesmo na sua vítima, facto que reiteradamente se observou em acontecimentos reais ao longo da historia. Um dos casos mais famosos de uma maldição lançada por uma bruxa, sucedeu em Darthmouth, Devon, e foi protagonizada pela notória bruxa Alice Trevisard. A bruxa teve um desaguisado com um marinheiro de nome William Thompson, e no final de uma troca de palavras ela balbuciou a frase «Melhor estarias, se nunca me tivesses conhecido». E na verdade, Thompson nunca mais se esqueceu destas palavras da bruxa. Na viagem seguinte que fez, o seu navio naufragou, e o marinheiro mal escapou com vida. Foi contudo feito prisioneiro da armada real de Portugal. Ao fim de dois anos de encarceramento, o marinheiro ia finalmente ser libertado. Foi nessa altura que a bruxa visitou a sua esposa, e lhe disse que os tormentos de Thompson ainda estavam longe de estarem acabados. E a verdade é tendo sido libertado pela coroa Portuguesa, o marinheiro embarcou num outro navio que também foi atacado, e acabou novamente prisioneiro, desta vez do rei de Espanha. Thompson acabou por passar ainda mais anos e anos de encarceramento e infortúnios. As maldiçoes podiam causar este e outros tipos de efeitos: infelicidades amorosas, má-sorte nos negócios, doenças súbitas, acidentes, mortes agonizantes. Outras maldiçoes causam efeitos menos graves, e porem perturbadores. Em 1672, soube-se do caso de uma mulher de nome Margaret Holday que havendo sido amaldiçoada através de um bruxedo, vomitava pregos, ossos, cascas de ovos, pedaços de latão, e outros objectos improváveis. Tudo aquilo que a bruxa estava a usar nos seus bruxedos para amaldiçoar a  mulher, a mulher vomitada horrorizada pela boca fora. Já na Antiga Grécia, o uso de maldiçoes era célebre, e muitos bruxedos para amaldiçoar eram confeccionados e vendidos para todos os tipos de finalidades. Estas maldiçoes, quando aplicadas a amarrações, geram as amarrações mais imbatíveis e infalíveis. Ninguém lhes escapa. Nunca.

Ainda hoje em dia, que detém estes verdadeiros e ocultos saberes, continua a executar as mais verdadeiras e fortes bruxarias. Nos dias de hoje, tal como há séculos atrás, estes trabalhos de magia continuam imbatíveis. E especialmente, quando usados em amarrações.

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