Amarrações do demonio Asmodeus

Amarrações do demónio Asmodeus

Vários notórios demonologistas e célebres teólogos consubstanciam esta realidade. Nicolas Remy( 1530 – 1612), foi um demonologista Francês que presenciou pessoalmente vários casos verídicos de bruxas, bruxaria e trabalhos de magia negra.  Com as conclusões que retirou das suas experiências e observações, Nicolas Remy escreveu a obra «Demonolatreiae», publicado em 1595. Na sua obra Demonolatreiae, no seu Capitulo IV, Remy faz nota que «Os bruxedos das bruxas frequentemente abordam e assombram o homem á noite, quando eles estão desprevenidos e a dormir.» O mesmo afirmou são Agostinho ( 354 – 430 d.C), no XXI livro da sua obra «A Cidade de Deus».

Por volta dos anos de 1587, havia uma bruxa de nome Margareta Luodman, na localidade de Vergaville, que lançou uma forte amarração a um casal, e por isso todas as noites a assombração do espírito de uma bruxa já morta invadia o lar daquele casal, enquanto eles dormiam. O espírito da bruxa morta assombrava os sonhos do casal, assim como causava barulhos atemorizantes, fazia mexer objectos, e até se manifestou na forma de uma aparição. Com o espírito da bruxa morta vinham vários pequenos demónios, que causavam todo o tipo de eventos inexplicáveis no lar, pois que quando a dona da casa se levantava de manhã, a cozinha estava completamente desarrumada, e as mobílias colocadas em sítios diferentes, ou até mesmo invertidas. Os crucifixos da casa quebravam-se ou invertiam-se nas paredes, e as imagens religiosas apareciam caídas no chão ou partidas. Certa vez, o esposo foi agarrado pelos tornozelos, e arrastado para fora da cama por uma presença invisível, ao passo que os lençóis eram arrancados do leito. As provações e tribulações insistiram e persistiram até ao ponto do homem abandonar o lar, e o casal separar-se, deixando caminho aberto para a mulher que tinha requisitado a amarração á bruxa Margareta. Na região da Lorraine germânica, por volta dos anos de 1586, havia também a famosa bruxa Hennezel, uma jovem ninfa de beleza angelical, que porem produzia a mais forte magia negra. Para assegurar que as suas vitimas caiam num profundo sono enquanto eram invadidas pelo bruxedo, e que quando acordassem a sua mente não tivesse recordação dos padecimentos que a sua alma esteve a sofrer, a jovem bruxa Hennezel usava um boneco antes baptizado com o nome da vitima, o qual ungia um unguento de magia negra na cabeça, na boca, nos ouvidos e nos olhos. Dessa forma, a vitima não abriria os olhos durante o sono, não falaria para gritar por ajuda do durante o sono, não escutaria quem a quisesse acordar, e não teria memoria nenhuma dos padecimentos que a sua alma aprisionada pela amarração esteve a  sofrer durante a noite. Desse forma a vítima do bruxedo era todas as noites castigada e fustigada por temores, visões, assombrações e padecimentos, sempre a insistir para que se fosse entregar a quem lhe mandou amarrar. Quando acordava, a vítima não tinha memoria nem recordação dos tormentos, para não suspeitasse que estava sob influencia de bruxedo, e porem a sua alma lembrando-se dos padecimentos, passava os dias a ser tentada a ir ceder a quem a mandou amarrar. E tanto este conflito e esta tortura perdurava, até que a vítima de amarração acabasse por se ir entregar a quem a mandou amarrar, sem sequer saber qual o motivo da sua cedência. Porem, teimando em resistir, então os castigos perduravam a atormentar a vítima, até ao ponto da sua desgraça. Era assim que funcionavam estas fortes amarrações, como é assim que funcionam as amarrações de magia negra. A jovem bruxa Hennezel costumava dizer que era como se os seus demónios assassem a sua vítima viva, todas as noites, noite após noite. E por isso, a pessoa não tinha alternativa senão ceder.

Nestas amarrações, muitas bruxas costumavam apelar ao demónio Asmodeus. Na sua obra Demonolatry ( 1595), o célebre e influente demonologista Nicolas Remmy (1530 – 1612), faz nota que Asmodeus é o demónio também conhecido como Samael, e é a contraparte de Lilith. Já o notório demonologista Johanes Weyer ( 1515 – 1588), discípulo do célebre ocultista Cornelius Agripa ( 1486 – 1535), e autor do influente Pseudo Monarchia Daemonum , dá na sua obra bastantes detalhes sobre este demónio, associando-o ao Deus Pagão Persa Aêshma Daêva, embora haja autores que apontam o nome de Asmodeus como sendo de origem semita, e vindo na palavra hebraica «hasmed» que significa destruição. Ashema ou Aesma é um demonio cuja a existência já remonta há mais de três mil anos, e era o demónio do desejo carnal, ou da luxuria. As tradições talmúdicas, implicam o demónio Asmodeus na origem do estado de embriaguez de Noé. Na obra Le Diable Boiteaux ( 1707), de Alain-René Lesage ( 1668 – 1747), Asmodeus era o demónio que revelava toda a verdade sobre a vida intima das pessoas, pois era conhecedor de todos os seus mais íntimos e ocultos desejos. De acordo com a Michaelis Hierarchy (1613) do padre Dominicano Sebastien Michaelis, Asmodeus era um dos príncipes Serafins do Céu, antes da sua queda. Os gnósticos dos primeiros tempos da cristandade, inspirando-se pela ordem de classificação de espíritos de Platão (n. 429 aC), definiram a hierarquia dos anjos. A primeira e mais alta ordem angelical eram os serafins, a segunda os querubins, a terceira os tronos, a quarta os domínios, a quinta as virtudes, a sexta os poderes, a sétima os principados, a oitava os arcanjos, sendo a última de todas a nona ordem, que é a dos anjos. Antes da sua queda, Lucifer pertencia á primeira ordem dos Serafins, assim como Asmodeus. Diz que Asmodeus é o demonio adversário de são João Baptista. No Testamento de Salomão, Asmodeus aparece com o demónio que interfere nos assuntos do coração, especialmente nos recém-casados, ou naqueles que estão para se casar, ou até em quem deseja outrem que é casado. Asmodeus foi um dos demónios que possuiu a freira Madeleine Bavent no célebre caso das possessões demoníacas ocorridas no convento de Louviers em 1642-43.

No livro de Tobias, Asmodeus é o demónio que leva á morte sucessiva de 7 maridos de Sara, e fá-lo por ter ciúmes de Sara, que Asmodeus queria para sí mesmo. Assim se ficou a saber que o Demónio Asmodeus pode ser responsável pelo distúrbio dos relacionamentos, e pela discórdia conjugal, tal conforme é dito no Testamento de Salomão (2:3).

Noutros escritos hebraicos, o demónio Asmodeus assume o titulo de “Rei dos Demonios”, e usurpa o trono do Rei Salomão.

Já nos ancestrais livros secretos de magia negra ou Grimórios, o demónio Asmodeus assume o nome de Asmoday.

No grimório medieval a chave de Salomão, ele lidera o génios/Jinns/Genii da ira e sedição, da insurreição, da rebelião, das revoluções e das revoltas, nesses casos assumindo o nome de Samuel, o Negro. Diz-se que aquando da rebelião de Lucifer contra o seu Pai, Asmodeus foi um daqueles que tomou o lado do anjo rebelde, e apoiou fortemente a insurreição celestial, a revolta que resultou na queda de um terço dos anjos do céu.

Porem, a verdade é que Asmodeus seria para sempre conhecido como o demónio da Luxuria, a quem trabalhos de magia negra devem ser endereçados em casos amorosos ou eróticos, seja para unir homem e mulher através do irresistível desejo carnal, ( como ele seduziu Eva depois dela ter sido expulsa do paraíso, levando-a ao adultério para com Adão), seja para os separar através da discórdia conjugal ( conforme ele conseguiu separar e afastar os 7 maridos de Sara)

O ocultista francês do século XIX, Jacques Auguste Simon Collin de Plancy, indica-o como tendo sido o demónio que seduziu Eva já depois dela ter sido expulsa do paraíso, e com ela ter tido relações carnais, e assim ser o verdadeiro pai de Caim, sendo esse o verdadeiro e desconhecido motivo pelo qual Deus tanto se desagradou com Caim, e preferiu Abel. Asmodeus terá agido com aliança com Lilith, pois quando Adão e Eva se separaram durante algum tempo, foi Lilith que por seu lado seduziu Adão, com ele mantendo relação de fornicação e luxuria, e dele engravidando, dando origem uma descendência que era uma linhagem de demónios. Asmodeus foi tido por isso como amante de Eva, bem como amante de Lilith, juntamente com Lucifer.

Asmodeus era por isso a divindade Persa conhecida por Aeshma, que os hebraicos viam como o demónio causador dos problemas conjugais entre homem e mulher, seja fazendo por impedir e atrapalhar as relações carnais entre ambos, seja promovendo o adultério. Era também o demónio da luxuria. A este demónio agrada-lhe incorporar num carneiro, num touro ou num homem másculo.

Antigos grimórios de magia negra, apontam este demónio como sendo o adequado para se dirigirem trabalhos de magia negra de assuntos amorosos, assuntos de luxuria, assuntos para amarração de casais ou separação de casais, e até assuntos de retribuição ou vingança. Sabendo as ancestrais e secretas formulas ocultas para invocar a Asmodeus, as bruxas e bruxos tem deste sempre celebrado os mais fortes trabalhos de magia negra.

No século XVII, foi existiu uma celebre bruxa em França, de nome Catherine Deshayes.( f. 22 Fevereiro 1680) O nome pelo qual era comummente conhecida, era «La Voisin». A bruxa Catherine Deshayes era famosa pelos trabalhos de magia negra afrodisíacos que preparava, pelos trabalhos de magia negra que celebrava para a fertilidade, mas também cuidava de interromper a gravidez de quem se desejasse. Todas as figuras da alta-sociedade eram clientes frequentes, e no decurso da sua carreira, a bruxa Catherine Deshayes enriqueceu. Com parte da sua fortuna, comprou uma propriedade e nos jardins mandou erguer uma capela. A capela era secreta, privada, e nela eram celebradas Missas Negras. Apenas um círculo muito restrito de pessoas tinha acesso ás cerimonias de magia negra ali oficiadas, e onde a bruxa fazia o culto dos antigos deuses pagãos, agora tidos como demónios pelo cristianismo. Catherine celebrava culto a Astaroth e Asmodeus, dois demónios particularmente poderosos em assuntos de luxuria, de fertilidade, e até mesmo de disputas. A verdade dos factos demonstrava que os seus trabalhos de magia negra eram fortíssimos, pois a sua clientela era vasta, exclusiva, e sempre disposta a pagar qualquer preço, pois os seus resultados eram surpreendentes. Sabe-se que entre os seus clientes estavam princesas, membros da família real, alta-aristocracia, frequentadores da corte do rei Luís XIV, e até o duque de Buckingham. Catherine constituiu a sua própria colmeia de bruxas, e os seus trabalhos de amarração tornaram-se lendários.

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