Amarrações de são Cipriano

Amarrações de são Cipriano

Na Dinamarca e na Noruega do século XVIII, foram descobertos os restos de um texto intitulado «Cyprianus, kef od hell and Black Magic», ( ou: Cipriano, a chave do Inferno e da Magia negra). Em Holsten, na Dinamarca, acreditava-se que s. Cipriano, o bruxo, (f.258 d.C), era um bruxo malvado expulso do Inferno, ao passo que na Noruega os livros de descreviam-no como um grande aluno do Diabo e das artes de magia negra. Em 1770, na Dinamarca imprimia-se o primeiro Livro Preto de são Cipriano. Já na Alemanha, foi encontrado um grimório intitulado «Cypriannus Höllenzwänge», também de s. Cipriano, o bruxo.

Na Escandinávia, nem todos tinham meios para possuir um grimório como o de s. Cipriano, o bruxo, pelo que apenas professores, clérigos e soldados acabavam por conseguir adquirir tal preciosidade.   Um dos donos do Livro Negro, foi um oficial militar Norueguês de nome Ulrich Christian Heide (f. 1785). Tratava-se de um militar culto, que estudou na academia militar, e tinha na sua biblioteca pessoal escritos como os do célebre Iluminista Voltaire ( 1694 – 1778). Porem, o notório militar interessava-se também pelos segredos do oculto, e era proprietário de um dos famosos grimórios de s. Cipriano. Sabe-se que o duque de Luxemburgo tinha um Livro Negro de são Cipriano, o bruxo, com o qual praticou diversos bruxedos que lhe concederam vitorias militares e pessoais espantosas. De 1790  a 1820, houveram vários casos no Luxemburgo de célebres bruxas e bruxas que trabalham com o grimórios de s. Cipriano, o bruxo. Uma famosa bruxa do Luxemburgo chamada Marie Bosse, era conhecida por ter um grimório de s. Cipriano, o bruxo, e com ele ter não apenas invocado o demónio e celebrado pacto com o Diabo, como ter feito bruxedos que tinham efeitos sempre impressionantes. Um outro célebre bruxo Luxemburguês de nome Lesage, tinha também um grimório de s. Cipriano, o bruxo, com o qual celebrou trabalhos de magia negra que se tornaram lendários, e acabaram mesmo por ficar inscritos nas cronicas da época.

Forneus é um dos 72 Espíritos de Salomão, que se faz manifestar em forma humana através de possessão demoníaca. A este demónio agrada-lhe manifestar junto ao mar, pelo que o seu apelo costuma fazer sentir-se junto das bruxas quando estas se encontram perto do mar. Forneus pode ensinar ás bruxas línguas antigas e ocultas, assim como segredos das artes de magia negra. Este demónio é particularmente poderoso quando invocado para trazer o amor de pessoas que desgostaram de outras, ou que até estão com sentimentos muito negativos para com alguém, alterando essa raiva para desejo e amor. Por isso mesmo, as bruxas invocavam este demonio em situações envolvendo amarrações de casais desavindos, e reconciliações entre amantes desencontrados. Sabendo da influencia destes e outros demónios, os ensinamentos dos ancestrais papiros de são Cipriano, o bruxo, indicavam quais as técnicas de invocação a serem usadas para chamar aos espíritos demoníacos mais adequados a um bruxedo, e como fazer tais bruxedos agirem da forma desejada. E como isso, s. Cipriano, o bruxo, realizava as mais irresistíveis amarrações. Sobre essas amarrações, o poeta Romano nascido em Espanha, Prudentius ( 348 – 410 d.C), relatava sobre as poderosas amarrações do bruxo Cipriano, dizendo-as serem capazes de «aumentar a paixão de qualquer esposa, ao ponto de fazê-la violar a lei do casamento».

A Gárgula na linguagem Francesa significa «garganta», e o nome refere-se a um demónio que se fazia manifestar em forma de dragão, e que há mais de dois mil anos era conhecido por fazer aparições no rio Sena, na região onde fica Rouen. Pela sua ligação á água, este demónio passou mais tarde a ser representado nas igrejas e catedrais através de esculturas colocadas no topo dos edifícios religiosos, e que serviam de bicos de água nos telhados. Essas esculturas de pedra chamam-se Gargoyle, e eram destinadas a conduzir a água da chuva para longe dos edifícios. As primeiras Gárgulas são criações fantásticas da arquitectura Gótica. As mais famosas gárgulas encontram-se em Paris, na catedral de Notre-Dame, e foram romantizadas pelo notório romancista Victor Hugo ( 1802 – 1885). Há porem um sentido esotérico na aplicação destas gárgulas de pedra em igrejas e catedrais, uma vez que o objectivo de se ter um escorredouro de água nos tectos destes edifícios seria facilmente alcançado simplesmente colocando vulgares calhas para águas pluviais. A colocação das estátuas de pedra destes demónios, está ligada á tradição de magia negra de Salomão, de usar demónios para proteger templos. Já Salomão tinha a usado a ajuda de demónios para edificar o Templo de Deus em Jerusalém ( destruído em 587 a.C), que o historiador Josefo ( 37- 100 d.C), afirma ter estado erguido por 470 anos, 6 meses e 10 dias. Esta noção de usar dos poderes de demónios para edificar obras ou alcançar demandas, foi continuada pelos místicos do período Gótico, desde o século XII ao século XV. E na verdade, esta noção de Salomão de usar demónios para alcançar fins desejáveis, foi uma das grandes tradições espirituais que perdurou no pensamento Místico Gótico da Idade Media junto dos ocultistas desses tempos. E a noção espalhou-se pelas populações. Isso viu-se na proliferação da bruxaria e magia negra, onde bruxas e bruxos eram avidamente procurados para usar da magia negra em favorecimento de todo o tipo de assuntos, assim como os próprios padres celebravam as suas missas a Deus durante o dia, para depois á noite profanarem os seus votos sacerdotais, e celebrarem missas negras aos demónios. E nesses ritos e trabalhos de magia negra, usavam-se os preciosos saberes ocultos de s. Cipriano, o bruxo. Com eles, faziam-se amarrações a que nem homem ou mulher conseguiam escapar. Maridos reconciliavam-se com esposas, assim como esposas entregavam-se a amantes, noivos fugiam cegamente para a mulher que os mandasse embruxar, homens abandonavam lares ardendo de paixão pela mulher que os mandou amarrar, e todo o tipo de espantosos efeitos ocorriam. De tal forma, que as amarrações de s. Cipriano, o bruxo, tornaram-se lendárias.

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