Historia da magia negra

Historia da magia negra, necromancia, bruxaria,

A magia negra

O Códex Latinus Monacensis, é um manuscrito que foi descoberto, e encontra-se na biblioteca da Baviera. Escrito em alemão, porem com formulas magicas em italiano. O livro de magia negra continha o resumo de uma versão do liber consecraciounum , uma lista de espíritos de trevas, fórmulas para os invocar, um manual para magia astral, listagem dos dias adequados para a feitura de símbolos mágicos. O Manual de Munique, atribuído por alguns a Roger Bancon – famoso padre e filosofo Inglês – ( 1214 – 1292), descreve formas de invocação de demónios, deixa avisos sobre as formas pelas quais os espíritos tentarão perturbar o conjurador, assim como dá indicações sobre os métodos para lidar correctamente com uma conjuração.

Houveram também outros poderosos Grimórios de magia negra inspirados em saberes hebraicos e arábicos na Idade media, como o Lemegeton e Liber Officiorum, onde se catalogam os vários reis, duques, marqueses e condes dos infernos.

Grimórios como estes, foram e ainda são usados na feitura dos mais fortes trabalhos de magia negra.

Peter Binsfeld foi um Demonologista alemão ( 1540-1603), que estudou num colégio jesuíta em Roma. Em 1589 Binsfeld escreveu a obra Tratactus de Confessionibus et Sagarum , na qual observava ao fenómeno da bruxaria, e constatava a existência de tais realidades espirituais e satânicas, que sao as realidades da magia negra.

Já antes disso, em 1435, o teólogo Johannes Nider categorizou os fenómenos de maleficia ou a magia negra em sete grupos, pois que eram sete as formas como um trabalho de magia negra pode causar efeitos concretos neste mundo, sendo eles: inspirando amor através de amarrações, instigando ao ódio para separar pessoas, causando impotência no homem ou infertilidade na mulher, gerando doença e enfermidade, gerando circunstâncias que acabam por tirar a vida, conduzindo á loucura, causando danos e prejuízos em propriedades ou animais.

Em muitos destes estudos sobre magia negra, é observado que estes fins alcançados pelos trabalho de magia negra, são-no através de possessões demoníacas, ou da acçao de assombrações, de aparições, de almas de mortos e de espíritos. È através da invocação dessas entidades, e do lançamento de maldiçoes, que se alcançam tais finalidades. Por isso mesmo, nalgumas dessas obras é mencionado que as bruxas tendo uma ligação com demónios e espiritos, tendiam a fazer as suas bruxarias descalças, com os pés em contacto com a terra, pois era da terra – ou debaixo dela, onde repousam os mortos e onde se faz a ligação com mundo do além-túmulo – , que emanava a fonte das suas forças espirituais, o seu contacto com o reino de Hades, ou o Inferno, ou o Reino dos Mortos. Pois na verdade, as artes ocultas da bruxaria de magia negra, são realizadas invocando a espíritos de mortos, a assombrações, a aparições e a demónios. E tudo isso, são espectros, almas e espíritos que vagueiam a terra.

Ora por isso, a magia negra é tida normalmente como o recurso ao mundo dos espíritos, ao mundo do além-túmulo, ao mundo dos mortos, ao reino da almas, assombrações, aparições, assim como ao mundo dos espíritos de trevas e demónios, para produzir certos e determinado efeitos neste nosso mundo dos vivos. A isso, chama-se igualmente de bruxaria. A pratica da magia negra e dos trabalhos de magia negra, é exercida por bruxas e bruxos de magia negra. Quanto ás bruxas e bruxos, afirma-se que são normalmente usados Pactos, através dos quais uma certa pessoa adquire um vinculo com o mundo dos espíritos de trevas, e que lhe permite operar em trabalhos de magia negra. Há quem porem discorde desta noção, afirmando que a capacidade de lidar com esse mundo de trevas já nasce com a pessoa, pelo que essa pessoa já nasce marcada e escolhida pelos espíritos de trevas, e que o Pacto apenas formaliza esse vínculo. A essas pessoas, normalmente chamam-se de bruxas e bruxos. Nos casos de se tratarem pessoas do clero – de uma certa igreja ou confissão religiosa cristã – que se convertem ás praticas de magia negra, então chamam-se freiras satânicas e padres satânicos.  Tais temas foram objecto de estudo em obras como o celebre Malleus Maleficarum.

Desde a Antiguidade que a magia negra está presente na história da humanidade, desde sempre produzindo os mais espantosos efeitos e resultados. E disso, há diversas provas históricas que perduraram no tempo, e chegaram aos nossos dias.

Um dos mais notórios dos escritores clássicos a Antiguidade, Aristóteles ( 384 – 322 a.C), foi autor de muitos e importantes textos místicos. Um dos mais notáveis foi o Secretum Secretorum ( Segredo dos segredos), que consistia na sua correspondência com o seu ex-aluno Alexandre, o Grande ( 356 – 323 a.C). Nessa obra, constam alguns segredos de magia astral e esoterismo.

O célebre poeta Romano Virgílio ( 70-19 a.C), dominou os segredos da magia negra, com os quais lançou uma forte amarração sobre a filha de um sultão, conquistando assim a jovem para os seus braços. Diz-se que foi também o fundador de uma notória, mas secreta escola de magia em Nápoles. Sobre a origem dos seus trabalhos de magia negra e a fonte do seu poder, sabe-se que provem de um ancestral grimório que obteve por meios misteriosos. O advogado, clérigo e escritor inglês Gervase de Tilbury, ( 1150 – 1228), que esteve ao serviço do Rei Henrique II de Inglaterra ( 1133 – 1189), deixou escritos nos quais descreve como um inglês fora a Nápoles fazer escavações ao tumulo de Virgílio, e para seu grande espanto encontrou o corpo do bruxo e poeta completamente preservado. Junto ao seu corpo, encontravam-se vários livros de poesia, assim como grimórios de magia negra. Um deles, era o reputado Ars Notoria, ( mais tarde traduzido e publicado em 1657), um livro de necromancia de Salomão, e em especial o livro de Zabulon, um Príncipe Grego de origens Bíblicas que era conhecedor dos mais antigos e poderosos segredos da magia negra.

Também o famoso matemático, geógrafo e cientista Ptolomeu ( n 100 d.C), foi autor de vários tratados e compêndios de magia negra, descobertos apenas mil anos depois da sua morte. Assim que comprova como a magia negra tem estado presente ao longo de toda a história, e tem acompanhado secretamente o rumo da humanidade. Esteve por vezes invisível, mas esteve sempre presente, pois até os maiores cientistas desde a Antiguidade constatavam que a magia negra é uma realidade, e que produz efeitos bem reais.

O celebre filosofo Roger Bacon ( 1214 – 1294), foi autor de notórios grimórios de magia negra, e numa das suas missivas privadas, assim diz Bacon sobre os deveres de um bruxo: «Os nossos deveres devem ser de cuidar de tais livros, [ os grimórios de magia negra] pois estão repletos de encantos, sigilos, figuras, conjurações sacrifícios e similares»

O demonologista faz depois menção ao grimório demonológico De Officis Spirituum, uma das fontes da obra do notório demonologista Johanes Weyer ( 1515 – 1588), discípulo do célebre ocultista Cornelius Agripa ( 1486 – 1535), e autor do influente Pseudo Monarchia Daemonum. Estes e outros tesouros de invocação de espíritos de mortos e demónios, são a fonte histórica e oculta das grandes sabedorias de magia negra que perduram até aos dias de hoje.

Por outro lado, outra grande fonte de conhecimentos ocultos que é mencionada por autores como o bruxo Cipriano (f. 258 d.C), foram sabedorias trazidas á Europa pelos mouros, e que acabaram mais tarde por ser conservados em bibliotecas como as de Saragoça, Córdoba e Sevilha, em Espanha. Houveram também importantíssimos textos dos tempos medievais produzidos pelos sábios judaicos, e que são nos dias de hoje encontrados em trabalhos de exploração arqueológica. Alguns dos mais importantes achados desse legado de conhecimentos mágicos, foi encontrado em Genizah do Cairo, um dos repositórios mais importantes de literatura judaica arcaica e medieval. Ali, descobriram-se num edifico fundado em 882 d.C , dezenas de milhares de paginas e pergaminhos de documentos ocultos, que são autênticos tesouros sobre as raízes de muitos dos mais ancestrais saberes ocultos. Um desses textos era o manuscrito magico de Genizah, escrito por volta do século XI no sul de Itália, e que continha preciosos saberes esotéricos.

Já no norte da Europa Medieval, os feitos da magia negra e os seus misteriosos grimórios, embora mais desconhecidos do publico, era dos mais avassaladores e poderosos. Grimórios como o Galdraboekr fizeram parte da tradição oculta da Islândia medieval. No norte da Europa, os cultos aos Deuses Pagãos nórdicos persistiram renhidamente arreigados, apesar da repressão do cristianismo. Nesses grimórios, era incluída magia rúnica nas formulas de magia negra, usando-se das runas para invocar a Deuses e Deusas pagãos, assim como a demónios. As runas eram o alfabeto das culturas do norte da Alemanha e da Escandinávia, e foram trazidas para Inglaterra pelos vikings que invadiam a costas anglo-saxónicas. As runas serviam igualmente finalidades criptográficas na magia negra, e constavam de vários manuscritos Suecos e Noruegueses. Um dos mais misteriosos livros de magia negra encontrados no sul da Alemanha foi escrito no século XIV, e encontra-se presentemente guardado e conservado na Biblioteca Britânica. Nesse livro, pode-se ler «este livro é pertença dos trabalhos espirituais de Aristóteles, e este é o livro de Antimaquis, que é o livro dos segredos de Hermes [Trimegisto]». Foi com todo este legado de segredos de magia negra, que bruxas e bruxas tem desde há séculos realizado os mais fortes trabalhos de magia negra.

As bruxas de Somerset foram um dos casos mais importantes nos anais da história da bruxaria, e deu origem a uma obra de investigação de 1681, que relata a sua existência das bruxas, e dos espantosos eventos observados. O caso teve particular significância, porquanto foi um dos poucos casos em que bruxas admitiram livremente a sua existência, e a sua filiação numa comunidade de bruxas. Por volta de 1660, haviam duas grande colmeias de bruxas activas na região do condado de Somerset, na Inglaterra. Ambos eram presididos pelo Diabo, que se dava a manifestar incorporando num homem através de possessão demoníaca, e apresentando-se sempre sob o nome de Robin. Uma bruxa de nome Ann Bishop era a rainha de uma das colmeias de bruxas constituída por seis bruxas e oito bruxos.  Ambas as colmeias de bruxas realizaram sabbats satânicos nocturnos, nos quais o diabo sempre se fez manifestar, fosse apenas em espirito, ou fosse encarnado num homem. Quando algumas das bruxas por algum motivo não podia ir ao Sabbat fisicamente em carne-e-osso, então visitava-o e participava dos ritos em espírito. Nesses sabbats as bruxas participavam num farto e abundante festim cuja a refeição era proporcionada pelo Diabo, depois dançavam, e a seguir realizavam vários trabalhos de magia negra. Nesses trabalhos de magia negra, as bruxas cravavam agulhas ou espinhos em bonecos de cera. Os bonecos eram baptizados pela própria mão do Diabo, assistido que era no baptismo por duas bruxas que representavam as madrinhas de baptismo. O boneco uma vez baptizado com o nome da pessoa que se desejava embruxar, gerava uma relação espiritual com a própria vítima da bruxaria. Tudo aquilo que fosse por isso feito no boneco, acabaria por suceder na vítima, e em carne-e-osso. Um trabalhos de magia negra feito nestes Sabbats ficou famoso por volta de 1664, pois que um boneco foi baptizado com o nome de um homem chamado Dick Green, e passado pouco tempo o homem veio a falecer em circunstancias inexplicáveis, tal conforme lhe tinha sido destinado no boneco. A bruxa Alice Duke era membro da colmeia de Ann Bishop, havendo sido recrutada pela própria rainha. Foi a bruxa Ann Bishop que levou Alice Duke á sua iniciação, conduzindo-a durante a mesma, e entregando-a depois á feitura do seu Pacto com o Diabo, ao qual serviu de testemunha. A  iniciação e Pacto foram feitos com as duas bruxas dando tres voltas andando para trás, sempre de costas, á volta de uma igreja. Consta que após a primeira volta, apareceu-lhes um homem negro. Há segunda volta, apareceu-lhes um sapo que lhes pulou para cima. Á terceira volta estava á espera das mulheres um rato, que logo se esgueirou e fugiu. O homem negro apareceu novamente, e falou á bruxa Ann Bishop, afirmando-lhe que Alice Duke estava aceite da colmeia de bruxas. Mais tarde, no momento de celebrar Pacto, o demónio picou o quarto dedo da mão direita de Alice, pelo que o seu sangue derramado naquele momento se transmutou em sangue de bruxa, e com a picada o demonio deu-lhe a marca do Diabo, ou a marca da bruxa. A maioria das bruxas tinha recebido espíritos familiares demoníacos como oferta do Diabo. A bruxa Alice Duke recebeu um gato, que se alimentava de algumas gotas extraídas de um mamilo oculto no seu corpo. Já a bruxa Elisabeth Style que pertencia ao mesmo grupo de Ann Bishop, recebeu um cão preto que lhe concedia favores e desejos, bastando para isso que lhe dissesse a frase «Ò Sathan, dai-me o vosso propósito». Outras das bruxas de Somerset não recebeu propriamente um espírito demoníaco familiar, mas antes, afirmou em 1665 que o Diabo tinha por habito visita-la por volta das cinco da madrugada na forma de um ouriço, que se alimentava sugando sangue dos seus seios. A bruxa queixava-se do quão doloroso era o procedimento, e que quando tal sucedia ela entrava num estado de transe, podendo nessa altura recitar os mais fortes encantamentos, que depois davam sempre resultados assombrosos. As bruxas de Somerset era temidas pelos trabalhos de magia negra através dos quais lançavam poderosas maldições. Por isso, era procuradas por incontáveis clientes que lhes requisitavam os seus préstimos de magia negra. A capacidade de infringir maldições, tem desde sempre sido considerada como um dos principais atributos das bruxas e da bruxaria. As maldiçoes são o coração e o âmago da magia negra. È com maldiçoes que opera a magia negra, e é lançando maldiçoes que a magia negra gera os seus efeitos. A bruxas desde sempre que usam magia imagética – veja também: as 3 leis que fazem a magia negra funcionar – , para com ela lançar maldiçoes a uma vitima. Usando de um boneco de cera, ou uma vela, um uma efígie, ou uma foto, ou uma corda baptizada com o nome da vitima, as bruxas desde sempre tem usado técnicas ocultas de magia negra para infestar as mais tormentosas maldiçoes nas suas vitimas. Algumas das lendárias bruxas de Somerset, usavam expressões vocalizadas ou encantamentos dirigidos a algo que representasse a vítima, para infligir uma maldição a essa pessoa. No caso das bruxas de Somerset, elas usavam da expressão «e a varíola levou», o que impregnava a vítima da maldição desejada, tal conforme fosse impregnada de um vírus. Os eventos ocorridos com as bruxas de Somerset foram testemunhados por um padre já reformado de nome Joseph Granvill. Os resultados das suas observações e investigações foram publicados em 1681, num documento intitulado «Sadducismus Triumphatus»

A magia negra não é um fenómeno típico e exclusivo da civilização ocidental. Ao contrário, ela sempre existiu pelos quatro cantos do mundo. Nas civilizações africanas, a sua prática é ancestral, e uma das suas correntes mais populares e conhecidas é do Vodu. Já na Ásia, são celebres os temidos ritos de Ya sang, a magia negra Tailandesa. Na verdade, a magia negra sempre foi reconhecida ao longo da história da humanidade, e pelos povos mais distintos. Lewis Spence ( 1874 – 1955), foi um notório ocultista Escocês, autor do compendio «Encyclopaedia of the Occult» (1920). Spence menciona como certas tribos indígenas americanas chamam-na de Orenda, uma força espiritual tão real como o vento ou o fogo. Entre os antigos Peruanos, era a Huaca, um poder sobrenatural. Nas ilhas Fiji, ilhas Molucas, ilhas Salomão e Nona Guiné, falava-se de uma força chamada «Mana», que pode ser vista na forma de chamas, ou até escutada. Na Malásia, chama-na de Kramat, ao passo que nos povos que habitavam junto do lago Tanganica em Africa, chamam-na de Ngay. Há tribos australianas que a chamam de Churinga ou Booyla. Certos povos antigos do México, chamavam-lhe Nguai. O célebre ocultista Francês Eliphas Levi ( 1810-75), dizia que «a magia era a única ciência que combinava aquilo que havia de mais certo na filosofia, com aquilo que é eterno e infalível da religião» Já o médico e ocultista Paracelso (1493 – 1541), dizia que «não há armadura que proteja contra a magia».

A magia negra – uma das forças espirituais mais fortes e poderosas do universo – tornou-se uma das mais confiáveis ​​e seguras fontes de soluções para problemas para as pessoas em todo o mundo. Longe vão os tempos foram em que as pessoas se encolhiam apenas diante a menção das artes das trevas e discriminavam a magia negra. No mundo moderno, a magia negra já é um fenómeno espiritual amplamente estudado, seja pela teologia, seja pela antropologia,etc.

É surpreendente notar que milhares de anos atrás, quando a magia negra surgiu pela primeira vez, foi considerada como um pecado. As pessoas que praticavam a magia negra eram perseguidas e executadas. Isso representou um momento da historia da humanidade em que a liberdade religiosa das pessoas não era respeitada. Nesses tempos vivíamos sobre uma tirania religiosa intolerante, ignorante e que não aceitava outras religiões, e nesses tempos a magia negra foi considerada um crime geralmente punido com a morte.

Na época medieval, quando a magia negra estava no auge, também era o problema mais falado entre as pessoas. Foi amplamente falado, mas não abertamente. Os livres debates de ideias sobre magia negra ou práticas de artes negras foram estritamente proibidas. Os ensaios de bruxas e caças ás bruxas foram um tema popular. Nessa época, centenas de pessoas foram executadas impiedosamente por praticar bruxaria e isso deu origem a um medo temoroso entre as pessoas comuns em relação à magia negra.

O poder da magia negra  e dos trabalhos de magia negra tem sido sempre reconhecido ao longo da historia da humanidade. Na Grécia e Roma da Antiguidade, o poder da magia negra e dos trabalhos de magia negra era reconhecido até legalmente e juridicamente. Todo aquele que em trabalhos de magia negra invocasse a deusas ou entidades como Hécate – a deusa-bruxa do submundo – , para lançar maldiçoes e trabalhos de magia negra sobre bens ou interesses públicos, seria condenado. Também na antiguidade, entre o povo hebraico, todo aquele que em trabalhos de magia negra conjurasse a demónios como Lilith – a primeira de todas as bruxas  – seria condenado.

E verdade seja dita, só até há bem pouco tempo, já em pleno século XX, é que a  magia negra  e os trabalhos de magia negra foram descriminalizados na Inglaterra. Ora, a verdade é que ninguém vai fazer uma lei para punir uma coisa que não existe, e que não provoca efeitos reais na vida das pessoas. Por isso: muito longe de se tratar de crendices ou crenças de pessoas incultas, a verdade é que a magia negra e os seus efeitos tem sempre estado presentes ao longo da historia da humanidade. Mesmo para os mais cépticos, os factos não mentem nem iludem. Ninguém pune criminalmente disparar uma arma de fogo sobre uma pessoa, se as armas de fogo não existissem, não funcionassem, e não matassem. Logo: desde sempre, ao longo da historia da humanidade, que a magia negra e os trabalhos de magia negra são reconhecidos pelo seu poder, pelos seus efeitos concretos, e pelas suas poderosas consequências praticas.

Desde a Idade Média, os trabalhos de magia negra floresceram e deu origem a vários ramos, o mais importante deles sendo bruxaria, feitiçaria, necromancia, etc. A bruxaria é o tipo de magia negra mais amplamente utilizado. A necromancia concentrou-se principalmente na comunicação com os mortos.

A necromancia

A necromancia envolve principalmente a comunicação com os mortos através de várias formas, como convocar os espíritos ou fazer com que os espíritos aparecem como manifestações corporais, ou que o mundo dos mortos se manifeste em fenómenos físicos que se materializam neste mundo dos vivos.

A necromancia é considerada uma arte proibida, principalmente devido à sua conexão com os mortos. É amplamente associado ao xamanismo, embora difira disso em sua própria maneira.

Há referências à necromancia na “Odisséia” ,( século VIII a.C.) de Homero e outros textos gregos clássicos. Há também referencia á necromancia na própria Bíblia, com o celebre episódio da bruxa de Endor.

A necromancia é um dos tipos mais importantes de magia negra e também é a mais eficaz e a mais complexa.

Os círculos mágicos são partes relevantes da necromancia. As práticas relacionadas à necromancia envolvem um procedimento extremamente complicado e um conjunto de muito treino e experiência são necessárias.

A necromancia remonta às antigas civilizações gregas, quando essa forma de bruxaria era extremamente comum e considerada uma parte essencial da vida de alguém.

A crença da vida após a morte foi associada á noção que conjurando os espíritos dos mortos, era possível obter revelações dos espíritos desencarnados, assim como que essas assombrações se manifestassem neste mundo com efeitos concretos. Certos necromantes antigos praticaram alguns terríveis rituais em cemitérios, mas esses rituais desapareceram gradualmente e abriram caminho para um uso mais prático.

A Necromancia é uma arte extremamente difícil de dominar e há poucos praticantes que podem realizar com êxito essas práticas. Para realizar um ritual com perfeição, é necessário um conjunto de treinos e muita experiência para que nada dê errado.

A necromancia envolve convocar os espíritos escuros, portanto, medidas de precaução devem ser mantidas para evitar desastres ou eventos indesejáveis.

A necromancia é por vezes usada em trabalhos de magia negra com espíritos de mortos, com resultados espantosos, especialmente quando se invocam a espíritos de bruxas já falecidas.  Os espíritos de bruxas já falecidas, e que são um dos mais poderosos instrumentos que existem para a feitura de magia negra e de trabalhos de magia negra.

Há vários casos de espíritos de bruxas já falecidas que assombram locais e localidades, alguns deles estando historicamente documentados. Bridget Cleary (1868 – 94), foi uma bruxa irlandesa cruelmente morta pelo seu próprio marido. Os eventos ocorreram quando em 1894, a jovem de vinte e seis anos se ausentou do seu lar e do seu marido, Michael Clearly. Bridget ficou vários dias desaparecida na área de Kilegranach, uma zona conhecida por ser assombrada por espíritos de bruxa já falecidas. Diz-se que foi aí que Bridget foi atraída pelos espíritos de tais bruxas, deles recebeu ensinamentos, e durante esses dias transformou-se numa bruxa. Passados dias, Bridget voltou a reaparecer na sua vila, ainda estado de visível confusão e desnorte. O marido e a sua família imediatamente acusaram-na de ser uma bruxa, Bridget sofreu uma morte agonizante por imolação, na sua própria cozinha, havendo depois sido sepultada nas imediações da casa de família. Muitas pessoas da povoação assistiram ao acto cruel do marido Michael Clearly, sem porem nada fazerem para ajudar a jovem mulher. Desde esse dia em diante, bruxa tornou-se lendária. A atrocidade do marido Michael Clearly para com a sua esposa Bridget tornou-se conhecida noutras localidades das redondezas, e até as crianças de outras vilas cantavam um verso que dizia:

Are you a witch, or a fary

Or the wife of Clearly?

«és uma fada, ou uma bruxa; ou a mulher de Clearly?»

Porem, este verso não era apenas uma inocente cantiga de crianças, mas mais um verso saído de uma situação de horror. È que se dizia que este verso devia ser dito quando o espírito da bruxa aparecesse a alguém nas redondezas daquela zona. E assim começou a dizer-se, pois a assombração da bruxa passou a ser temida. Desde a morte da bruxa, que o espírito da mulher aparecia em locais solitários e escuros, sempre numa forma luminosa semelhante a uma fada ou um anjo, apenas para logo depois, uma vez tendo despertado a curiosidade da pessoa, e assim atraído a vitima para perto de sí através desse engodo, logo se revelar num assustador espectro quase demoníaco. A bruxa estava a vingar-se de todos aqueles que naquela localidade assistiram á sua morte, e nada fizeram para a ajudar.  E aqueles que tinham a infelicidade de encontrar esta assombração, nunca acabavam bem. Daí que nos versos da célebre cantiga, se falasse de uma fada, ou de uma bruxa, pois o espectro manifestava-se como uma inocente fada radiosa para atrair as vitimas curiosas, e logo de seguida revelar-se e infesta-las com horríveis assombros demoníacos. As assombrações persistiram, até ao ponto de se tornarem lendárias. Se foi numa floresta assombrada por bruxas mortas que Bridget se tornou bruxa, pois foi também enquanto assombração de bruxa que Bridget causou os maiores assombros após falecer.

Vários textos populares falam sobre a necromancia, pois é um assunto invulgarmente encantador. Um dos livros mais famosos chamado ‘The Necronomicon’ por H.P Lovecraft, ( 20 de agosto de 1890 — 15 de março de 1937),  é um grimório de ficção estabelecido que fala sobre a necromancia. Como H.P Lovecraft concebeu o título ainda é um mistério para seus leitores, mas a inclinação do autor para a magia negra não era um segredo. O próprio H.P Lovecraft proclamou que ele foi imensamente influenciado pela literatura e escrituras gregas, onde o processo de necromancia é comum. Mesmo os textos romanos mencionam a necromancia, que H.P Lovecraft mais tarde se referiu. Curiosamente, o livro ‘necronomicon’ foi freqüentemente citado como um livro proibido devido ao seu conteúdo sobrenatural, que lidava principalmente com as artes das trevas. Mas com os fãs de H.P Lovecraft lendo e circulando em ampla base, este livro não poderia continuar proibido por muito tempo. Depois de alguns anos de sua publicação, Lovecraft escreveu pseudo-história de necronomicon, denominada “História do Necronomicon”. Este livro foi escrito principalmente para satisfazer a curiosidade dos fãs que queriam saber mais sobre o assunto e o livro de Lovecraft apenas desencadeou sua excitação sobre o assunto.

Livros que são semelhantes ao Necronomicon muitas vezes foram escritos e circulados entre as pessoas, antes e depois do lançamento do livro.

A magia negra, a bruxaria, e a ciência

A magia negra e os trabalhos de magia negra, são uma das fontes mais ocultas do mistério do espirito para muitos.

A bruxaria é uma das outras formas de magia negra, e é aplicada de várias maneiras, através de feitiços, encantamentos, rituais, etc.

É notável como os trabalhos de magia negra fizeram o caminho para a mente das pessoas, e a magia negra conquistou uma sólida reputação como uma solução sobrenatural extremamente funcional.

É verdade que às vezes o mundo das trevas parece não ter lógica segundo o raciocínio cientifico do ser humano, e porem:

agora mesmo os cientistas começam a descobrir que á dimensões existenciais subatómicas onde todas as leis da lógica e da física se desvanecem, e entramos num universo verdadeiramente incompreensível e magico, onde tudo é feito de fenómenos antes considerados impossíveis. A própria comprovação cientifica da existência de anti-matéria, veio abrir perspectivas há existência de outros universos alternativos feitos de uma realidade imaterial, intangível, mas real.  A Física-Quântica, veio também abrir as portas a um reino inexplorado de dimensões espaço-temporais paralelas, abrindo caminhos em territórios antes tidos como impossíveis, ou como fenómenos mágicos.

Há quem – por isso –  defenda que o mundo dos espíritos, dos espectros e dos fenómenos sobrenaturais residem e provem dessas dimensões que os cientistas apenas agora começaram a detectar e conhecer.

Se há 1 século atrás você dissesse aos cientistas que 90% da matéria que constitui o nosso universo não se pode ver nem tocar, e porem existe e está lá, provavelmente diriam que você era louco, porque tudo o que existe no universo é suposto poder ser tocado, pesado e medido. Porem:

agora os cientistas descobriram que afinal não sabemos onde está 90% da matéria que constitui o universo, e que essa matéria se chama de matéria negra.

O mesmo se passa com a energia que flui no universo: os cientistas descobriram que não sabem onde estão 90% da energia que flui pelo universo, e que a essa energias intocáveis chamam-lhe de energia negra.

Por isso:

cada vez mais se prova que existem outras dimensões, outros estados de matéria e outros estados de energia que até hoje eram desconhecidos da ciência, e que por isso espíritos e mundo espiritual são uma realidade, e ironicamente é a ciência que está a facultar essas provas.

A história da magia negra é um percurso muito complexo e sinuoso, e as artes das trevas tiveram que passar por vários altos e baixos para finalmente chegar a um palco tão fácil de aceitar e aplicar em vidas normais.

O processo de mudança não foi fácil, mas os praticantes e entusiastas têm sido fiéis.

A fé é o que impediu as artes das sombras de desaparecer todos esses anos. Seja bruxaria ou necromancia, as artes ocultas têm sido uma fonte de quantidades extremas de pesquisas e estudos que levaram as pessoas a acreditar e a magia negra e abraçá-la.

Hoje, a magia negra está em uma posição em que é impossível negar sua presença dentro das vidas comuns e seus efeitos são amplamente reconhecidos. Mais: a taxa de sucesso da magia negra é impecável, e é ainda mais uma razão para as pessoas confiarem nela.

A magia negra é um fenómeno complexo, mas que dá resultados concretos.

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