Amarrações do sapo negro

 Amarrações do sapo negro

Sapos e lagartos estão desse sempre associados ao Diabo e aos demónios. O Basilisco é um lagarto uma serpente mítica, que na antiguidade foi descrita por vários autores. O basilisco era uma serpente ou lagarto com asas, um animal extremamente raro, que era fecundado num ovo de uma galinha, e porem incubado por um sapo. Era um lagarto capaz de matar toda a vida á sua volta apenas com seu olhar. Leonardo da Vinci ( 1452 – 1519) descreve-o como um lagarto que á sua passagem, a erva, plantas, flores e vegetação definhavam. Voltaire ( 1694 – 1778), afirmava que apenas se deixava tocar por mulheres. Os escritos ocultos definem-no como um animal do Diabo.  Qualidades idênticas atribuíram ao sapo, também afirmando-o portador de atributos demoníacos, e por isso favoráveis á magia negra. Entre os mais proeminentes animais associados ao Diabo, estão a serpente, o bode, o gato preto, o cão preto ou amarelo, o cavalo negro ou branco, o touro, o javali, a aranha, a mosca, a borboleta das bruxas ou a traça… e o sapo. Todos estes animais fizeram num ou noutro momento a sua aparição em Sabbats Satânicos, nos quais o demónio incorporou por possessão. De acordo com muitos grimórios de magia negra na Idade Media, o muitos dos espíritos demoníacos familiares das bruxas, assumiam a forma de sapos. John Milton ( 1608 – 1674),na sua obra «Paradise Lost» de 1667, descreve como o Diabo se fez incorporar num sapo, por forma a injectar veneno no ouvido de Eva.

Houveram vários casos historicamente documentados sobre o uso de sapos em poderosos trabalhos de magia negra. Um deles, foi o notório caso das bruxas de Edmunds ocorrido em 1665, a bruxa Amy Duny usou de um sapo para realizar ums bruxaria com o objectivo de atingir a vida de um casal. O bruxedo teve grande sucesso. Muito associados com a bruxaria e o reino do demoníaco, os sapos sempre foram considerados como portadores de má-sorte, de maldiçoes, de demónios e desafortunados ventos do inferno. Velhos saberes populares de Devonshire diziam que havendo um sapo sido usado numa bruxaria, então essa bruxaria apenas poderá ser desfeita queimando-se o sapo e fazendo-o explodir. Explodindo o sapo, foi-se a bruxaria.

Em 1646, uma bruxa de nome Elizabeth Weed de Great Catworth em Huntingdonshire foi seduzida pelo Diabo, que lhe prometeu auxiliar em todos os bruxedos que ela realizasse. Em 1664, uma bruxa de nome Elisabeth Style de Somerset, foi abordada com a mesma promessa. Havendo as bruxas celebrado Pacto com Satanás, todos os seus trabalhos de magia negra produziam resultados espantosos, pois que eram favorecidos pelos ímpios auxílios do Diabo. A sua iniciação da bruxa Elisabeth Style foi feita, dando tres voltas andando para trás, sempre de costas, á volta de uma igreja. Consta que após a primeira volta, apareceu-lhes um homem vestido de negro. Há segunda volta, apareceu-lhes um sapo, que é uma das formas que o Diabo pode assumir quando o deseja. Á terceira volta estava á espera das mulheres um rato, que logo se esgueirou e fugiu, e do nada reapareceu o homem vestido negro. O demónio picou o quarto dedo da mão direita de bruxa Elisabeth, pelo que o seu sangue derramado naquele momento se transmutou em sangue de bruxa, e com aquela picada o demónio deu-lhe a marca do Diabo, ou a marca da bruxa. A bruxa Elisabeth Style recebeu um espírito familiar demoníaco como oferta do Diabo. O espírito  familiar demoníaco apareceu-lhe na forma de um  um cão preto que lhe concedia favores e desejos, bastando para isso que lhe dissesse a frase «Ò Sathan, dai-me o vosso propósito». A bruxa Elisabeth Style perteceu ao famoso grupo de bruxas chamado as bruxas de Somerset, um grupo tão notório como o das bruxas de Salem.  Assim se comprovava como o sapo é uma das formas como os demónios se podem manifestar ás bruxas, e até servir aos seus trabalhos de magia negra.

Um padre dominicano Raimundo de Tarrega ( falecido a 1371) tinha um grimório de magia negra chamado De invocatione Daemonum. O livro tornou-se conhecido através do julgamento realizado por Nicholas Eymeric, (1320-1399), o Inquisidor geral de Aragão.  Com esta revelação, ficou-se a saber que até no seio da ordem Dominicana da Igreja, havia sacerdotes entregues ás artes da magia negra, ou seja, padres satânicos. Alguns autores da época designam a magia negra enquanto magia demónica, pois visa essencialmente invocar a demónios, almas de mortos e assombrações. Desde a Idade media que há relatos historicamente documentados sobre a existência de freiras satânicas e padres satânicos, que durante o dia celebram culto a Deus, e durante a noite veneram a Satanás. Dizem os relatos históricos, que tais freiras satânicas e padres satânicos entregam-se a Satanás através da corrupção e profanação dos seus sacramentos de sacerdócio e dos seus votos sagrados, assim firmando com o Diabo um Pacto demoníaco. Diz-se também que os seus trabalhos de magia negra são dos mais fortes, inclusive as suas amarrações de magia negra, conforme é esta amarração do sapo negro.

O demonologista renascentista Girolamo Menghi, (1529- 1609), entrou num convento em Bolonha em 1549,  onde estudou teologia, e foi um famoso exorcista. Escreveu obras como Flagellum Daemonum ( 1576). Autor do Compendium of the Arts of Exorcism , – a obra antecessora do Ritual Romano de 1614 – ,  Menghi afirmava que infinitas eram as formas que os demónios podiam assumir para se aproximar e perverter ou corromper o homem e a mulher. Pois é sabendo disso, nos ancestrais grimórios de magia negra, que se encontram as mais fortes fórmulas para celebrar este tipo de bruxarias que corrompem homens e mulheres amorosamente, conforme são as amarrações do sapo.

Já o juiz e caçador de bruxas Pierre de la Lancre, (1553 – 1631), que esteve ao serviço do rei Henrique IV, deixou relatos documentados sobre os Sabbats das bruxas, onde o diabo se fazia manifestar incorporando fosse num bode negro, ou fosse num homem, sempre através de possessão demoníaca de um corpo. Tais relatos encontram-se documentados na obra «Tableau» de 1612, no qual se constatava que o demónio possuía lascivamente as bruxas a seu bel-prazer. Pois assim se sabe do poder que os demónios tem para seduzir homens e mulheres, e por isso os trabalho de magia negra feitos para amarrações de amor, tem sempre uma impressionante força. Em particular, as amarrações do sapo.

Os efeitos de uma forte amarração de magia negra são sempre marcantes e perturbadores. Não se escapa a uma infestação demoníaca de um trabalho desta natureza Há diversos exemplos históricos dos efeitos deste tipo de bruxaria. Um deles ocorreu no século XVII, nos Estados Unidos. Em 1671, a bruxa Elisabeth Knap de Long Island atraiu as atenções da população quando embruxou uma mulher de tal forma, que a vítima do trabalho de magia negra começou a sofrer de impressionantes sintomas de possessão demoníaca, nos quais chegaram a ser precisos seis homens para segurar na frágil mulher. Algumas das vezes, a mulher levitou de tal forma quando deitada no seu leito, que a própria cama se ergueu do soalho sem ninguém lhe tocar. Elisabeth Knap era uma bruxa que tinha feito Pacto com o Diabo, e tinha dirigido fortes trabalho de magia negra a várias pessoas que acabaram inexplicavelmente doentes. Muitas delas, devido a amarrações nas quais o homem ou a mulher amarrados teimaram em resistir á vontade do bruxedo, e quanto mais teimavam… mais sofriam, e mais fragilizados ficavam. E porem, cedendo a quem tinha encomendado a amarração á bruxa Knap, imediatamente as pessoas amarradas viam todos os sofrimentos desaparecerem e esfumarem-se tão misteriosamente como tinham aparecido. E por isso, a pessoa não tinha alternativa senão ceder. A bruxa lançava trabalhos de magia negra impiedosos, e era por isso temida por muitos, e porem abundantemente requisitada por outros. Alguns desses trabalhos, envolviam sapos negros.

Casos reais e comprovados de amarrações do sapo

Lewis Spence  (1874 – 1955), notório ocultista escocês e autor da «Enciclopaedia of Occultism» ( 1920), faz notar como a hóstia era usada de diversas formas em sinistros e temíveis bruxedos, alguns de amarração. Num destes trabalhos de magia de amarração, um sapo gordo era baptizado em nome da vítima do bruxedo, e uma hóstia consagrada era colocada na sua boca, sendo depois a boca amarrada. Acrescendo-se-lhe o encantamento satânico adequado, então era certo que a vítima ficaria infestada de uma forte amarração, e por isso ou se entregaria a quem a mandou embruxar, ou então padeceria dos maiores tormentos até que a sua boca falasse palavras amorosas e beijasse a quem mandou fazer aquela bruxaria. Porem, teimando a vítima em não ceder, então seria fustigada por padecimentos que nunca mais cessariam, senão com a sua desgraça. Seja como for, a vitima desta amarração nunca mais se livrava do bruxedo, nem da pessoa que a mandou embruxar. Nunca mais. E por isso, a pessoa não tinha alternativa senão ceder.

Giovanni Batistta Codronchi ( 1547 – 1628), foi um notório médico que se debruçou sobre o estudo da bruxaria e das possessões demoníacas. O médico Italiano formado em Bolonha testemunhou pessoalmente um caso sucedido na cidade de Sepino, no reino de Nápoles, de uma bruxaria de amarração feita com um sapo. O autor conta na sua obra como um homem ficou subitamente enamorado , tão enamorado e tão desesperado de amores, que largou a sua linda esposa e filhos. O homem esqueceu a sua esposa e filhos, tendo ido viver com a sua amante, e ali permaneceu durante tempos. Foi então que lhe contaram que a amante era na verdade uma bruxa, e que secretamente prestava culto ao Diabo, e participava em ritos satânicos. Curioso por descobrir a verdade, o homem vasculhou toda a  casa, sendo que descobriu debaixo da cama de casal um caixa de madeira, onde dentro se encontrava um sapo com os olhos cosidos. O homem desatou os nós atados dos olhos do sapo, depois jogando-o ao fogo.  Nesse preciso momento, vieram-lhe novamente todas as recordações da sua esposa e filhos. Nesse mesmo momento o homem regressou a casa. Os casos observados pelo medico Codronchi ficaram documentalmente testemunhados na sua obra, havendo sido igualmente mencionados no «Compendium Maleficarum» , ou o «Compêndio das bruxas» , do padre Italiano Francesco-Maria Guazo (n. 1570) , e são prova dos inegáveis efeitos da magia negra e dos trabalhos de magia negra, especialmente das poderosas amarrações do sapo.

A bruxa Julian Cox ( 1593 – 1663), foi uma notória bruxa Inglesa, que ficou celebre por lançar fortes trabalhos de amarração. A bruxa Cox tinha um espírito familiar demoníaco incorporado num sapo, e as suas bruxarias tem temidas. Ouvia-se que quando a Cox recitava o Pai Nosso diante de uma igreja ou da Bíblia, a bruxa escarnecendo da palavra de Deus, alterava sempre uma das passagens da oração, mudando-a de «não nos deixeis cair em tentação», para «deixai-nos cair em tentação». Uma das suas vítimas, foi uma mulher que jovem mulher que todas as noites passou a ser assombrada por visões de espectros e aparições de mortos, de tal forma que com o passar do tempo, caiu num estado fragilizado que chamou a atenção das pessoas á sua volta. E porem, quando se foi entregar á pessoa que a mandou amarrar, imediatamente desapareceram-lhe todos os padecimentos, que se esfumaram tao misteriosamente como tinham aparecido. Assim se comprovava de que forma é que operam os bruxedos, ou seja: ou a vitima cede á intenção do bruxedo, ou então – resistindo-lhe e teimando em não ceder – , a vitima é assombrada e infestada de espíritos até ao ponto da sua desgraça. Não há por isso escapatória de uma bruxaria de magia negra. Nenhuma escapatória. E por isso, a pessoa não tem alternativa senão ceder.

O notório padre e ocultista Montagne Summers (1880- 1948), nos seus estudos sobre magia negra e a celebração de missas negras, faz menção a uma bruxa que em 1460 seduziu um padre a fim de obter dele hóstias consagradas. A bruxa, de cada vez que lhe pagavam para embruxar alguém, alimentava um sapo com hóstias consagradas de igreja. O sapo havia de ser previamente baptizado com o nome da vítima que se queria embruxar, e depois era alimentado com as hóstias, ao passo que a bruxa entoava heréticos encantamentos satânicos, lançando-lhe uma fortíssima amarração. Conforme o sapo comia as hóstias e escutava ao encantamento satânico, também a pessoa embruxada era contaminada pela magia negra. E não havia escapatória. A vítima ficava irremediavelmente embruxada. Algumas iam entregar-se a quem as tinha mandado embruxar, e outras sentiam-se muito enfartadas, com o estômago muito inchado, como se tivessem comido muito. Caso a criatura amarrada se entregasse amorosamente a quem a tinha mandado embruxar, então os padecimentos passavam imediatamente ; porem, teimando em resistir ao bruxedo, então começavam a sofrer tormentos e padecimentos, até ao ponto da loucura. Por isso, a pessoa não tinha alternativa senão ceder. E cedia sempre. Fosse como fosse, ninguém escapava á magia negra destas amarrações. Ninguém. E por isso, a pessoa não tinha alternativa senão ceder.

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