Amarrações da mão morta

Amarrações da mão morta

Afirma o notório Compedium Maleficarum ou o «Compêndio das Bruxas» de 1608, que o Diabo é o inventor da magia, e que a criou para desviar a humanidade para a idolatria, tornando-a assim não discípula de Cristo mas sim do Diabo. Através da magia veneram-se Deuses Pagãos, veneram-se demónios, e a isso chama a Igreja de Idolatria. A á idolatria chama-se heresia. Nicholas Jacquier ( n. 1402), foi um padre dominicano e demonologista que escreveu diversas obras sobre bruxas e bruxaria, incluído o influente «Flagellum Haereticorum Fascinariorum» de 1452, no qual Jacquier afirma que a bruxaria é a mais forte e condenável das heresias. È a máxima heresia. Por isso mesmo, explica-se a preferência do Diabo e dos demónios por desviar as almas que mais cobiçam para os caminhos da bruxaria convertendo-as em bruxos e bruxas, pois assim estão a induzir ao mais apetecível dos pecados, que é a máxima heresia da magia negra.

Mas engane-se quem julga a magia é mera crendice ou superstição fundada na ignorância. Ela tem existido desde o início da humanidade, e tem-na acompanhado a cada passo da sua existência. A humanidade deixou de se iluminar á volta de fogueiras nocturnas em cavernas, passou a iluminar-se com velas nas povoações rurais, e agora ilumina-se com lâmpadas eléctricas nas suas cidades. Porem: nada disso muda o facto que o Diabo continua a residir nas mesmas trevas que rodeiam a humanidade desde o início, por muito que o arsenal tecnológico humano haja evoluído. E com ele, a sua invenção: a magia negra, que permite invocar a espíritos de trevas e demónios.

A verdade é que a avançada medicina dos dias de hoje consegue explicar ao milímetro porque motivo uma pessoa vai morrer, ou morreu. Porem: também a verdade é que essa mesma medicina e apreciada ciência continua tão impotente como no tempo das cavernas, quando se trata de impedir a morte. È que o anjo da morte, por muito que o homem se vista nas armaduras da sua ciência, continua a ceifar quem quer, quando quer, como quer, e na hora que determina, conforme os seus misteriosos desígnios. E por isso mesmo, é que até os médicos adoecem e morrem. Diz-se por isso, que quando o Diabo levou o homem a ser expulso do paraíso, ele deu a ciência ao homem, mas conservou para sí mesmo a magia negra. Porque o Diabo bem sabia que á ciência o homem consegue compreender com a sua racionalidade, mas a magia negra está para além da racionalidade e compreensão humana. Por isso, a ciência pode até servir ao homem para ter muita tecnologia, e compreender os motivos pelos quais vai morrer. Porem: quem manda na hora da morte e no anjo da morte, continua a ser o espírito.  E conforme assim é na morte, também o é na vida, querendo isto dizer: quando se quer traçar as linhas da vida e os seus caminhos, então é o espírito que as pode mudar, entrelaçar, fazer ou desfazer. E é nesse ponto que a magia negra cumpre a sua função: alterando vidas conforme se pretende, através da influência dos espíritos.

Quanto ás amarrações, conforme faz notar a encyclopedia de Oxford sobre «Witchcraft in the early Modern Europe and Colonial America», a magia erótica ou amorosa sempre foi particularmente forte, e particularmente violenta, pois que funciona essencialmente por meios coercivos. Nela, a vítima é castigada até ceder ao mandante da magia negra. Usam-se de todos os meios, desde queimar a efigie de uma pessoa em caldeirão para que a  alma da vitima arda como se ardesse no fogo do inferno em padecimentos ate que ceda aos fins do bruxedo; usam-se de agulhas que trespassando um boneco baptizado com o nome da vitima, então essa criatura sofra padecimentos e aflições ate ceder ao mandante da bruxaria; entoam-se encantamentos nos quais se diz «Sofrerás até que te entregues», «Ficarás amaldiçoado até que venhas á pessoa X », «Que apenas de livres destes tormentos quando cederes», etc. As amarrações, actuam por isso através de violentas maldiçoes dirigidas á vítima desse tipo de bruxedo, com a finalidade de a forçar ou coagir a entregar-se a alguém. Tal facto é intemporal, e pode ser historicamente comprovado, conforme se pode observar no caso da bruxa Ganbrina. A bruxa Ganbrina era abundamente requisitada devido ás suas amarrações, e imensas era as mulheres de todas as condições sociais que a procuravam, desde a mais humilde camponesa á mais elevada dama da realeza, umas procurando que o marido largasse a concubina, e outras desejando ser as concubinas preferidas do marido de outrem.  E a todas a bruxa dizia o mesmo: o meio para isso é apenas um, e é a coerção. Apenas forçado o homem se entregará, porque se fosse para se entregar de seu livre humor ou capricho, então ele já o teria feito por si mesmo. Logo: se não o faz de sua livre vontade, é porque não o quer. E se não quer, então apenas forçando-o é que ele cederá. A linguagem da força é a única linguagem que o homem conhece, pois que o homem não é dado ás subtilezas que são típicas do reino feminino. O caso da bruxa Ganbrina foi célebre, e acabou registado na obra «Una strega reggiana» de 1906.

O monge germânico Cesário de Heisterbach ( 1180 – 1240), prior da Abadia de Heisterbach, conta na sua obra Miraculorum como dois bruxos na cidade de Dinant usavam a mão cortada de um morto, ungindo-a com uma terrível pomada do Diabo, para assim influenciarem o sono de quem desejavam. Era precisamente usando de tais meios, que as bruxas da Antiguidade realizam fortíssimas amarrações de magia negra, as chamadas amarrações da mão morta. E as amarrações da mão morta, lançam sobre a vitima as mais temíveis e fortes assombrações, que quase sempre actuam na criatura embruxada durante a noite, e durante o seu sono. E a pessoa embruxada, acaba sempre por ceder á amarração.

No «Compendium Maleficarum» , ou o «Compêndio das Bruxas» de 1608, do notório padre e demonologista Italiano Francesco-Maria Guazo (n. 1570), é descrito como o beato Jordão da Saxónia ( 1190 – 1237), um brilhante teólogo alemão e Mestre Geral da Ordem dos Frades Pregadores, foi diversas vezes visitado por um belo anjo deluz, que na verdade se descobriu ser o Diabo.

O Cardeal Jacques de Vitry ( 1180 – 1240), no seu livro Mulieribus Leodiensibus  ( I,9), conta como um homem todas as noites era visitado por um anjo luminoso, e se lançava a autopunir-se por ordem daquele ser celestial, que não verdade era Satanás fraudulentamente transfigurado na imagem de um anjo.

Quer isto dizer:

muitas são as formas que os espíritos de trevas podem assumir para desinquietar e fustigar uma vítima, tanto manifestando-se em temíveis aparições e assombrando-a nocturnamente, como até fazendo-se passar por anjos e espíritos de luz, ou até mesmo as almas de entes queridos já falecidos. Tudo vale, para desinquietar e fragilizar uma alma. E é justamente assim que opera um trabalho de magia negra: infestando a vítima com espíritos de trevas, que usarão de todos os recursos para desinquietar e fustigar a vitima até a fragilizar, para que quando cair fragilizada, então a vitima ceda aos objectivos da bruxaria. Muitos dos tormentos são causados durante a noite e durante o sono das vítimas. E por isso, a pessoa amarrada não tem alternativa senão ceder, e ir entregar-se a quem encomendou a amarração.

O notório escritor e filosofo Apuleio ( 125 d.C), chegou a descrever como acendendo velas aos pés e á cabeça de um cadáver, ao mesmo tempo que entoando encantamentos de magia negra, as bruxas infestavam a alma da sua vitima durante o sono contagiando-a com assombrações e espectros para causar todo o tipo de aflições e tormentos á alma da vitima. Outro dos meios usados pelas bruxas, era o recurso á mão de um morto, especialmente se fosse um morto que tivesse falecido sem nunca ter recebido o sacramento do baptismo, ou que uma vez falecido não tivesse recebido os adequados ritos funerários, ou que se tivesse suicidado; fosse como fosse, deveria ser alguém que faleceu sem esperança de salvação divina, e por isso fosse uma alma penada, pois que tais almas são mais susceptíveis de invocação por magia negra, e causam as mais perturbadoras assombrações na vitima de um bruxedo.

O filosofo e escritor Horácio ( 65 – 8 a.C), descreve na sua obra os sinistros ritos das bruxas, celebrados no cemitério de Esquine, sob a Lua Nova, quando as bruxas ali procuravam por ossos de defuntos amaldiçoados e ervas ocultas, invocando espectros, e banqueteando-se num cordeiro rasgado em pedaços, cujo o crânio depois usavam para invocar a demónios. Naquele cemitério, as bruxas pagãs faziam bonecos representativos das vitimas dos seus trabalhos de magia negra, e operavam as mais fortes amarrações. Algumas dessas amarrações eram feitas com o recurso á mão morta cortada de um defunto condenado, e causavam as mais pavorosas aparições e terrores ás suas vitimas. Já o poeta Virgílio ( 70 – 19 a.C), descreve como as bruxas empreendiam nos mais poderosos bruxedos para fins amorosos, ou amarrações. Nesses tempos, falava-se de uma bruxa de nome Erichtho, a quem até os Deus pagãos obedeciam. A bruxa oferendava caes pretos e cordeiros negros aos demónios e encruzilhadas e cemitérios; através essas oferendas e trabalhos de magia negra, ela embruxava irremediavelmente qualquer criatura que desejasse, assim, lançando amarrações de magia negra que ficaram lendárias.

O historiador Romano CornéliusTacitus ( 56 – 120 d.C),  na sua obra dá nota de um bruxo de nome Piso, menciona como o bruxo procurava pelos restos mortais de certos defuntos nos cemitérios, assim como fazia feitiços inscrevendo os nomes das vitimas em placas de chumbo que depois era soterradas junto das tumbas de certos defuntos. Um desses bruxedos foi dirigido a um homem de nome Germanicus, havendo o seu nome e uma maldição sido escritos numa folha de chumbo, havendo depois a folha sido enrolada e amarrada com uma corda na qual se deram vários nós mágicos, acompanhados de certos encantamentos de magia negra. A placa foi depois soterrada numa sepultura de um defunto amaldiçoado, e na verdade passados tempos o homem começou a enfraquecer misteriosamente. O contágio deste tipo de bruxaria é inescapável e fatal.

Já o filosofo Porfírio de Tiro (233 – 305 d.C), na sua obra De Sacificiis, faz igual menção a este tipo de bruxaria feita com a mão morta de um defunto. Afirmava este notório erudito, que uma alma assim que libertada do corpo pela morte, ela volta a adquirir os poderes e virtudes normais de uma alma; porem, essas almas acabadas de desencarnar deste mundo, ainda mantém algum contacto com a sua antiga habitação – o corpo agora defunto –  , e por isso, se forem adequadamente chamados através do meios certos, eles pairam e assombram os seus antigos corpos, e podem até ser invocados em magia negras. E é por isso, que as bruxas da antiguidade, fazendo uso de certas partes de certos defuntos, invocavam ás almas de mortos para realizarem os mais temerosos trabalhos de magia negra. Porem, as bruxas procuravam sempre por corpos defuntos que albergassem almas penadas, pois as características infernais e contaminadas de pecado de uma alma condenada são as ideais para serem usadas num trabalho de magia negra, tal conforme o são os espíritos demoníacos. Por isso mesmo, as bruxas procuravam sempre por corpos de condenados á morte por crimes pecaminosos, ou pessoas que morreram sem receberem os santos sacramentos dos ritos funerários, ou quem houvesse falecido sem ser baptizado. Todas essas criaturas dão origem a almas penadas, almas condenadas a vaguear pela terra sem perdão nem repouso. Tais almas, são precisamente as adequadas para invocar num trabalho de magia negra, pois irão infestar a vitima do bruxedo com assombrações, aparições , temores e padecimentos sem igual. Destas técnicas de bruxaria, existem registos históricos documentados desde há séculos.

Peter Binsfeld foi um Demonologista alemão ( 1540-1603), que estudou num colégio jesuíta em Roma. Em 1589 Binsfeld escreveu a obra Tratactus de Confessionibus et Sagarum , na qual observava ao fenómeno da bruxaria, e constatava a existência de tais realidades espirituais e satânicas. Na sua obra, Binsfeld escreveu como a bruxa Anna Cuno, uma das três bruxas de Rouer se reuniam de noite para lançar bruxedos, e como certa vez embruxaram uma vitima na cidade de Tréves através de uma vela feita pelas artes diabólicas, que era colocada na mão cortada de um morto.

Umas das bruxas famosas pelos seus trabalhos de magia negra celebrados em cemitério, foram as bruxas de Guermingen. Chamavam-se as bruxas de Guermingen porque eram frequentemente vistas no cemitério da terra que tinha esse mesmo nome. Foi ali que as bruxas sepultaram os seus pais, também eles bruxos, e era ali que elas realizam fortíssimos trabalhos de magia negra. Nesses trabalhos, as bruxas chegaram a usar de restos abortivos que resultavam das suas próprias relações carnais com demónios incorporados em homens, sendo que esses restos eram reduzidos a uma gordura que depois era usada para fabricar um unguento magico. As bruxas usavam esse unguento magico no seu próprio corpo nú para invocar a presença de demónios, e o método era infalível, tal era a profana heresia dos seus métodos de magia negra, o que muito agradava a Satanás. A pomada mágica era também usada para ungir velas a mão cortada de um morto, com a qual era celebrada uma forte e obscura amarração em quem se desejasse. Estas amarrações alcançavam qualquer vítima, e era como se a própria fria mão da morte, da qual não há ninguém no universo que possa escapar ao seu aperto, fosse agarrar e prender a criatura embruxada. Dai em diante, era como se a vítima estivesse constantemente presa, constrangida e agarrada pela mão de uma assombração que todas as noites lhe causava as mais horrendas aparições e tormentas. O padecimento não cessava senão quando a vítima se entregasse a quem a mandou amarrar. Porem, insistindo em resistir e em teimar, então os padecimentos persistiam sem cessar e até ao ponto da desgraça da vitima. Fosse como fosse, conforme ninguém neste mundo se livra da morte, pois também a vítima nunca mais se livrava do bruxedo, nem da sombra de quem a mandou embruxar. Nunca mais. Não havia escapatória. E por isso, a pessoa não tinha alternativa senão ceder. E ainda hoje, estas amarrações da mão morta não falham. A pessoa amarrada acaba sempre por ceder.

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