Amarrações do fruto do Diabo

Amarrações do fruto do Diabo

Em 1612, as bruxas de Pendle eram famosas não apenas em Lancashire, como por toda a Inglaterra. Uma dessas famosas bruxas, era uma mulher de nome Elizabeth Southern. No ano de 1560, o Diabo tinha aparecido a Elizabeth Southern, incorporado na forma de um jovem rapaz. Henri Boguet ( 1550-1619), foi um notório demonologista Francês que em 1602 publicou a obra «Discours Exécrable des Sorciers». Boguet observa que Satanás quando incorpora num corpo humano para se fazer manifestar neste mundo, tem o gosto de fazer vestir em roupas pretas. O preto é a sua cor preferida, um símbolo dos sinistros poderes e do seu reino de temíveis forças ocultas. Por vezes o Diabo manifesta-se numa pessoa jovem, ou até uma criança; outras vezes numa pessoa idosa; outras vezes numa mulher; mas frequentemente num homem, e por vezes um homem com algum tipo de problema físico. Algumas vezes dignas de nota, o Diabo já apareceu incorporado num padre, ou numa freira. Porem, ele também pode incorporar num animal, conforme várias vezes o faz no Sabbat satânico das bruxas, ou até pessoalmente e diante da bruxa por ele desejada. Mas o mais intrigante, é que o Diabo pode também fazer-se manifestar na forma da Virgem Maria, ou de um anjo de luz, ou até como o próprio Jesus. Boguet observa que já houve vários casos em que Satanás se manifestou a freiras em visões, na forma de Jesus, semi-nú como na cruz, e tentando eróticamente as freiras, algumas vezes conseguindo até insinuar-se ao ponto de lhes inspirar um irresistível desejo carnal, e nesse momento conseguir copular com elas na forma de Jesus, assim possuindo-as através desse sinistro engodo. O demonologista abriu assim as portas á compreensão de um Diabo repleto de recursos, até os mais impensáveis, para conseguir chegar a quem ele deseja chegar. No caso da bruxa Elizabeth Southern, o Diabo apareceu-lhe na forma de um jovem rapaz, e seduziu-a até a fazer cair pelos caminhos da magia negra. Depois de conseguir converter Elizabeth Southern em bruxa, o misterioso rapaz desapareceu, esfumando-se misteriosamente sem deixar rasto. Dai em diante, a bruxa Elizabeth passou a praticar as artes da magia negra e bruxaria, especialmente em trabalhos de amarração, ou amarrações para o amor, pois conforme fora tão irremediavelmente seduzida pelo demonio, pois também ela passou a celebrar as mais fortes amarrações para seduzir fosse quem fosse.

Uma das suas famosas amarrações, era celebrada com recurso a um fruto proibido, um fruto satânico de fortes propriedades quando aplicadas ás amarrações para o amor, e quanto devidamente preparado num caldeirão. Há quem afirme que a fruto era uma maçã, e há quem diga que era a mandrágora, pois há grimórios que apontam tanto um como o outro enquanto o fruto proibido, ou o fruto do Diabo.

A palavra maçã em latim é Malum, que também significa Mal, razão pela qual se crê que o fruto da árvore proibida que a serpente desinquietou Eva para comer no Paraíso, era uma maçã. Por isso, chama-se de Malum ao fruto do Diabo.

Porem, outro ficou conhecido como o fruto do Diabo, e esse foi a mandrágora. Outro nome usado para a mandágora nos antigos grimórios populares, era maumet ou mandrake. Mandrake, significa raiz de drake, ou seja, a raiz mágica. Na Europa da Antiguidade, a raiz de Drake sempre foi usada na feitura de poderosas poções para fins amorosos, de luxuria ou amarrações.

A bruxa Elizabeth recebeu o segredo sobre o fruto proibido, e dessa forma celebrava as mais fortes amarrações. O segredo foi-lhe revelado pelo demónio Orobus, um demónio a quem a bruxa se entregou lascivamente numa noite de abominações carnais, em troca das quais recebeu esse segredo.

A obra «Discoverie of Withcraft» (1584), do célebre demonologista Inglês Reginald Scot. ( 1538- 1599) , dá nora do demónio Orobas, um dos 72 espíritos de Salomão, que confere grandes favores a bruxo ou bruxa de quem se agrade, conforme se agradou da bruxa Elizabeth. Jacques Collin de Plancy ( 1793 – 1881) célebre ocultista e demonologista Francês, autor do influente «Dictionnaire Infernal», um tratado de demonologia publicado em 1818, também faz nota sobre a existência do demónio Orobos, revelando que lhe agrada manifestar-se incorporando num cavalo.

Foi com o segredo proporcionado por este demónio, que a bruxa Elisabeth passou a celebrar as amarrações do fruto do Diabo, uma das mais fortes amarrações que reza a história do ocultismo.

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