Magia negra e a hora das bruxas

Magia negra e a hora das bruxas

A hora das bruxas ou a hora do diabo é ás 3 da madrugada, ou no período que vai das horas antecedentes e presentes ás 3 da madrugada, ou seja, das 2 ás 3, e das 3 ás 4.

Diz que assim sucede, por dois motivos:

Primeiro:

porque a hora das 3 da madrugada é a hora em que – de acordo com a regra das horas canónicas da igreja – há um período de ausência de orações pela igreja. Logo, é a hora em que o Diabo – isto é: espíritos, demónios e entidades do mundo dos mortos ou do mundo Além-túmulo – pode entrar mais facilmente neste mundo.

Segundo:

porque Jesus faleceu na cruz e saiu deste mundo ás 3 da tarde, e por isso aos demónios agrada-lhes vir e entrar neste mundo na hora oposta a essa, ou seja, ás 3 da madrugada, pois assim procuram imitar ao poder de Deus porem escarnecendo dele. È por isso nesta hora que mais se observam fenómenos sobrenaturais, assim como é uma hora usada para a pratica de poderosas bruxarias e invocações de espíritos e demónios.

Há porem a meia-noite e as 6 da madrugada, que são igualmente duas horas muito fortes para a bruxaria e para a presença de espíritos neste mundo.

A meia-noite representa o oposto do meio-dia, ou seja, o oposto do momento em que há mais luz no mundo, e por isso representa o momento em que há mais trevas no mundo. È por isso e também uma hora – e aquelas que se lhe seguem daí em diante –  favorável á manifestação de eventos sobrenaturais, assim como á pratica de bruxarias e magia negra.

As 6 da madrugada são uma alusão ao numero satânico da Besta – 666 – e as bruxarias feitas a essa hora destinam-se a terem reflexos ao longo de todo o dia que está nesse momento a nascer.

Sobre esta hora das bruxas, podemos encontrar relatos históricos que atestam que desde a Antiguidade que as bruxas celebram os mais fortes trabalhos de magia negra em certas horas. O rei Aristomenes ( 125 d.C), contou como ele e o seu companheiro Sócrates ( f. 399 d.C) – o celebre filósofo Ateniense – foram atacados pelas famosas bruxas de Moroe e Panthia na hora do terceiro turno, que compreendia a hora da meia-noite e das tres das madrugada. Na sua obra Demonolatry ( 1595), o célebre e influente demonologista Nicolas Remmy( 1530 – 1612), faz nota de como o filosofo Athenodorus de Tarso ( 74 a.C – 7 d.C), foi terrificamente assombrado por uma aparição no silencio da noite, e precisamente por obra de bruxaria celebrada na hora das três da madrugada. Também autores como Alessandro de Alessandri ( 1461 – 1523), na sua obra Genialum Dierum, escreve que durante as horas das três da madrugada ouviam-se os tumultos atemorizantes das bruxas, em certas casas de Roma.

Já o historiador e filosofo grego, Plutarco ( 46 – 120 d.C), fala sobre as aparições nocturnas que ocorrem da meia-noite ás tres da madrugada. Já o erudito Servius Honorato ( n. 363 d.C), indica a meia-noite como a hora propicia á bruxaria, ao passo que o escritor Macróbius ( n. 370 d.C), na sua obra Saturnalia, aponta as horas após a meia-noite como as mais oportunas para as actividades do Príncipe das Trevas, que são as horas quando os lobos caminham pela terra, e quando começa a ser impróprio para o trabalho comum dos homens. Isso mesmo o confirmou a famosa bruxa Babilla Latoma, quando em 1591 afirmou era nessas horas que os maiores bruxedos eram celebrados, porque eram as horas em que jamais se escutaria o cantar do galo. O cantar do galo, segundo a bruxa, era obstrutivo á feitura dos seus trabalhos de magia negra. Também no século XVI, o bruxo Johann Bulmer e a sua esposa, bruxa Desirée, afirmavam que quanto se aproximava a hora do galo cantar, os demónios que tinham sido invocados durante o bruxedo começavam a repetidamente apressar os bruxos, para que eles concluíssem os seus bruxedos antes do galo começar a cantar.

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