Magia negra e o pentagrama

Magia negra e o pentagrama

William Perkins ( 1555 – 1602) foi um notório demonologista Inglês, cuja a obra «Discourse of the Damned Art of Witchcraft» rivalizou com a obra de James I, a maior autoridade no temas das bruxas, e nos assuntos das obras da bruxaria e magia negra nos inícios do século XVII. Perkins não tinha paciência para as vozes que negavam a bruxaria, e alegavam que a magia negra era uma fantasia. O demonologista não apenas comprovava solidamente a existência da magia negra e dos trabalhos de magia negra através da Bíblia, como a acrescia provas empíricas e concretas de observações feitas a casos reais e testemunhados. A sua obra «Discourse» foi publicada na Alemanha em 1610, e o seu pensamento rapidamente espalhou-se por toda a Europa. Praticamente noventa anos depois, outros demonologistas famosos como Cotton Mather ( 1663 – 1728) de Nova Inglaterra apontavam os estudos de William Perkins como referencias incontornáveis sobre a magia negra, a bruxaria, as bruxas, e os trabalhos de magia negra.

Um dos símbolos mais icónicos da bruxaria, é justamente o pentagrama.  O padre Abbe Boullan, ( 1824 – 1893) um padre que renunciou ao seus votos sacerdotais e firmou Pacto com o demonio, tornando-se assim um padre satânico autor de notórias missas negras e trabalhos de magia negra, tinha um pentagrama invertido tatuado no corpo.

O símbolo da estrela de cinco pontas rodeada de um círculo, é notoriamente um dos mais reconhecidos símbolos da bruxaria. Quanto estando invertido, é símbolo da bruxaria Satânica, e representa o demonio Baphomet, e toda a extensão de todos os poderes espirituais da magia negra. Nesses casos, representa também o mistério da santa trindade infernal. Na antiguidade, foi o símbolo da deusa Astarte, simbolizando o planeta Vénus. Para os astrólogos da antiguidade Grega, era um símbolo místico carregado de energias. Durante a Idade Media, era comummente aceite que o pentagrama era um símbolo eficaz contra bruxarias, tendo sido frequentemente rabiscado e riscado em portas e corredores das casas.

Para os bruxos, já na Idade Média o pentagrama era usado como veiculo de comunicação com o mundo dos espíritos, e era usado quando se desenhava o circulo de protecção. Afirmam certos grimórios de magia negra, que para ser usado em trabalhos de magia negra, o símbolo do pentagrama deve ser esculpido em madeira, ou pedra, podendo também ser feito em cerâmica ou forjado metal. Diziam esses mesmos saberes ocultos da Idade Media, que para o símbolo ganhar força de forma a poder atrair espíritos, entidades e energias espirituais num trabalho de magia negra,  o bruxo deveria lançar o seu bafo sobre ele, ou nele derramar algumas gotas do seu sangue de bruxo. Havia também que usasse o meio de polvilhar o pentagrama com pedaços de cabelo da bruxa, ou ungi-lo com secreções sexuais de um bruxo ou bruxa. Uma vez assim feito, o pentagrama deveria ser secado com incenso, e depois polvilhado com ossos moídos de um defunto, e deitado a repousar por 24 horas. Assim estando feito, o pentagrama está energizado e preparado para ser usado em trabalhos de magia negra.

Lewis Spence  (1874 – 1955), notório ocultista escocês e autor da «Enciclopaedia of Occultism» ( 1920), faz notar que existem cinco sentidos, que os estigmas ou as feridas de Cristo foram cinco, que o corpo humano tem cinco extremidades, ( pés, mãos e cabeça), e que todas essas realidades são representadas no Pentagrama. O ocultista considera o pentagrama enquanto um dos mais fortes Diagramas Mágicos, que são desenhos geométricos representativos de divindades, assim como das suas propriedades de virtudes. O Pentagrama com as suas cinco pontas, era considerado o mais poderoso meio de conjuração em qualquer tipo de ritual.

O pentagrama tanto podia representar o bem, como mal, conforme fosse usado invertido, ou não. Quando o pentagrama era usado com um ponto ascendente, é representativo de Cristo, quando é usado com dois pontos Ascendentes é representativo de Satanás. Com o uso destas posições do pentagrama, invocam-se ou aos poderes de Luz, ou aos poderes de Trevas. Desta forma, o pentagrama assim tanto podia representar a estrela de Belém que guiou os reis Magos a Jesus, como a estrela de Vénus que é o símbolo de Lucifer.

O pentagrama é usado na magia para invocar os quatro elementos ou os Espíritos Elementais: os Silfos do Ar, as Ondulinas da água, as Salamandras do Fogo, e os Gnomos da Terra; a isto, acresce o chamamento do Quinto Elemento: o Espirito que se deseja invocar no trabalho de magia que se está a celebrar. Quanto um pentagrama estava a ser consagrada ao acto magico, ele deveria ser dirigido aos quatro pontos cardeais , (Norte, Sul, Este, Oeste), e depois colocado no quinto ponto, o centro da cruz astronómica. O bruxo deveria depois respirar sobre ele cinco vezes, conforme cinco foram os génios que devem ser chamados pelo pentagrama. Na sua consagração devem ser usados incenso, mirra, aloé, enxofre e canfora.

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