Amarrações do amor

Amarrações do amor

Na Real Biblioteca Nacional dos Países Baixos, sediada em Haia , criada em 1798, e designada pela Rei Lodewijk Napoleón, ( 1778 – 1846), existe um documento de magia negra do século XVI, em cuja a folha 133 contem a prescrição de uma fórmula oculta para se obter o amor de quem se deseja. Nesse bruxedo, pode ler-se o encantamento «labol, dolon, acus LUCIFER, Lucis, luctans », que conjugado com os procedimentos correctos, permite a uma bruxa fazer uma pessoa arder de desejos carnais e amorosos.

O notório erudito bíblico Jacques Lefévre ( 1455 – 1536), mencionou demónios responsáveis por doenças, como um celebre demónio Babilónico de nome Pazuzu, que ficou imortalizado no filme O Exorcista  Tratava-se de um demonio retratado com um corpo humano com uma cabeça com chifres, quatro asas e garras de uma ave rapina que indicavam a velocidade e força com que mergulhava na sua vitima. A sua estatua tinha uma inscrição que dizia «Eu sou Pazuzu, rei dos espíritos malignos do ar. Abro a violência das montanhas, espalhando febre á medida que vou.» Conforme na Antiguidade se veneravam estes demónios que transmitiam a ira das pestes e devastações, também se invocavam demónios que faziam arder as paixões, e abriam caminhos nos assuntos amorosos mais impossíveis. Há milénios que tem sido assim, e por isso há milénios que a magia negra vem resolvendo os mais difíceis assuntos amorosos.

Uma bruxa Inglesa do século XVII de nome Jane Wallis, costumava descrever como o Diabo lhe apareceu incorporado num homem através de possessão demoníaca, e que esse homem estava todo vestido de negro, disse-lhe boa noite, e quando ela lhe perguntou pelo seu nome, ele respondeu-lhe que se chamava «Blackeman». A bruxa também, contava sobre aquilo que era conhecido pelo Osculum Infame, ou o beijo obsceno, que era o beijo com que as bruxas ajoelhando-se, davam a Satanás em demonstração da sua submissão e servitude. Na verdade,  já desde a Antiguidade que as bruxas vem venerando a poderosos Deuses e Deusas pagãos, assim como a demónios do submundo. Os Gregos da Antiguidade veneravam a Deusa Hécate, que era a Deusa das bruxas, da magia negra, das ervas mágicas e dos bruxedos. Um dos outros nomes pelo qual era conhecida, era «Chthonia» que significa literalmente «submundo». Nas tradições medievais, as bruxas estavam também associadas ás crenças pagãs Romanas, mais concretamente á Deusa Diana. As bruxas e bruxos entrados pelos caminhos da bruxaria, renegavam a Igreja, reuniam-se em assembleias de culto ao Diabo chamadas de Sabbat, celebravam missas negras, prestavam honras a Satanás, e em troca recebiam do demónio conhecimentos ocultos de magia negra que lhes permitiam executar o seu ofício de bruxas.

Em meados do século IX existiu em Inglaterra uma famosa bruxa conhecida pela bruxa de Berkeley. A bruxa usava destes conhecimentos ocultos que o seu espírito demoníaco familiar lhe transmitia, e por isso os seus trabalhos de magia negra da bruxa ofereciam resultados de tal forma certeiros, que a sua fama espalhou-se por todo o reino. Com o seu frasco de unguento magico e um encantamento, a bruxa invocava ao demónio que desejava chamar para um determinado tipo de magia negra, e este comparecia, ensinando-lhe as fórmulas para as mais fortes bruxarias. E nessas bruxarias incluíam-se amarrações do amor a quem não havia escapatória. A pessoa amarrada acabava sempre por se entregar a quem a tinha mandado amarrar. Sempre.

Por volta dos anos de 1616,  perto da floresta de Pendle que fica nas terras fronteiriças de Yorkshire, Inglaterra, existiram as famosas bruxas de Lancanshire. A mais velha delas chamava-se Southernes, e era conhecida pela mãe Demdike. Quando em jovem, Southernes voltava para casa quando, perto de um poço de pedra da floresta de Pendle, encontrou um espírito ou demónio na forma de um menino. È sabido que ao Diabo muitas vezes agrada-lhe de fazer-se aparecer na forma de uma criança, escarnecendo assim de um símbolo de inocência. Normalmente a criança é algo sinistra, conforme era aquela que apareceu a Southernes. O menino vestia um casaco vermelho, e disse-lhe que quando ela quisesse fazer um desejo, deveria chamar por ele, que ele lho concederia. Depois disso, disse-lhe que se chamava Tibb, e assim dito a criança desapareceu. Passaram-se muitos anos, e a mãe Demdike nunca fez nenhum desejo.  Contudo, o pequeno Tibb vinha visita-la com frequência, sempre na hora do crepúsculo. Havendo mais tarde e tido uma filha, quando a bebé foi assolada por uma grave febre,  mãe Demdike pediu ajuda a Deus, mas de nada lhe serviu, pois a febre persistia ainda mais. Então mãe Demdike pediu ajuda a Tibb, e a febre da bebé parou. Nessa mesma noite, Tibb fez-se aparecer na forma de um cão castanho, e passou a dormir todas as noites na cama da mãe Demdike. Todos os dias, e conforme o demónio Tibb lhe pedira, a mãe Demdike misturava algumas gotas do seu sangue da comida do cão, e assim continuou a fazer-lho doravante. Durante oito semanas mãe Demdike foi tomada por estranhos sonhos, nos quais se tinha visto a celebrar pacto com o Diabo. E a verdade é que oito semanas depois, estava transformada em bruxa. A bruxa Southernes teve uma filha de nome Elizabeth Device, e uma neta de nome Alison, a quem bem cuidou de lhes ensinar as artes da magia negra, e de as preparar para o ofício de bruxas. Alison, recebeu da avó um cão preto no qual incorporava um demónio de nome John Law. As bruxas de Lancanshire eram famosas pelos seus trabalhos de magia negra, a quem não havia alma que conseguisse escapar. E uma amarração do amor feita pelas bruxas, contaminava a pessoa de uma forma tal, que ela não tinha alternativa senão ceder, e ir entregar-se a quem a tivesse mandado amarrar. E por isso, a pessoa cedia sempre, e entregava-se sempre. Sempre.

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