Magia negra e os demonios de Dante

Magia negra e os demónios de Dante

Quando o grande poeta Italiano Dante Alighieri ( 1265 – 1321), escreveu o seu poema épico Divina Commedia ( 1304 – 1208),  ele era para representar uma jornada no caminho para Deus, e porem tornou-se um dos textos mais preciosos na descrição de demónios e das hierarquias infernais. O texto possuía tantas referencias invulgarmente acertadas e extraídas de antigos conhecimentos clássicos da Antiguidade, que passou a ser observado por muitos como uma fonte de informação nas ciências ocultas da demonologia.  A obra tornou-se de tal forma proeminente, que alguns dos demónios ali mencionados passaram a constar de grimórios de magia negra escritos posteriormente.

Os demónios que Dante cataloga no seu Inferno, são demónios menores que aparecem nos cantos XXI a XXIII, tratando-se de doze demónios.

Constam no Inferno de Dante os demónios:

Alichino, Barbariccia, Cagnazzo, Calcabrina, Ciriatto, Draghignazzo, Farfarello, Grafficane, Malacoda, Malebranche, Rubicante e Scarmiglione.

Todos estes demónios são mencionados ao longo dos cantos XXI a XXIII.

Porem, seria com Dante que se geraria uma errónea confusão entre Lúcifer e Satanás. Apesar de revelar profundos conhecimentos sobre alguma demonologia clássica, porem Dante parece não ter consciência que Satanás e Lúcifer são duas entidades distintas, e ao uni-las numa só entidade, acabaria por cometer um erro com proporções históricas, pois que daí em diante essa confusão passou a reinar no pensamento comum dos leigos.

Outros nomes são usados para designar o Diabo na obra de Dante, são o Senhor do Erro ou do Engano, conforme lhe chama Malaspina em Purgatório, VIII, 131; Pluto chama o Diabo de Satan em Inferno, VII, 1; Dante chama o Diabo de Lucifer em Inferno XXXI, 143, e de Beelzebub em Inferno, XXXIV, 127; Virgílio chama o Diabo de Dis, em Inferno VIII, 68.

Houve demónios que por influência de inspiração demoníaca de certos poetas, acabaram por ter os seus nomes inscritos na historia da literatura clássica. Um deles, foi Malacoda, que é um dos demónios do Inferno de Dante, na Commedia. No canto XXI, ele é incitado a lançar Virgílio ás chamas. Malaconda foi um demónio célebre que inspirou vários poetas, sendo que foi mais tarde acabou também introduzido pelo famoso poeta Luigi Pulci ( 1432 – 1484), no seu romance Il Mor gente Maggiore de 1482. Outros demónios acabaram por ficar documentados na historia devido á forma extravagante como se manifestaram em certas possessões demoníacas. Um deles, foi o demonio Mahonin , que é mencionado nalguns grimórios de magia negra, e é um demonio particularmente poderoso, pois trata-se de um arcanjo caído do Céu. O demónio Mahonin ficou celebre quando se manifestou numa senhora da alta-nobreza em Auch, na Gasconha, em França. Por volta do ano de 1618, vários monges foram chamados á imponente catedral de Auch, a fim de livrar a nobre senhora das influências demoníacas do arcanjo caído, agora convertido num poderoso demónio. Pelos eventos reais que os monges testemunharam e depois registaram por escrito nas suas cronicas, a aparição deste demónio acabaria historicamente documentada. Seja como for, a força dos demónios sempre foi reconhecida quando se trata de influenciar os pensamentos e até os afectos das pessoas, motivo pelo qual eram invocados pelas bruxas da Idade Media nos seus mais fortes bruxedos e trabalhos de magia negra, incluindo nas suas potentes amarrações.

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