Amarrações dos Génios

Amarrações dos Génios

Algumas das mais antigas e míticas amarrações, são as amarrações dos Génios, também conhecidas pelas amarrações de Azazel, uma vez que Azazel foi um demónio que se enamorou fervorosamente pelas mulheres humanas, concedendo-lhes em troca conhecimentos ocultos de bruxaria. Um desses conhecimentos era o conhecimento dos espelhos mágicos, do qual na Idade Média nasceu a lenda de uma rainha que também era bruxa, e que possuiu um espelho mágico no qual invocava um demonio; O demónio saciava a sua luxuria observando a bela rainha maléfica que se mostrava desnudada e lascivamente ao espelho, e em troca o demónio ensinava-lhe as mais ocultas artes da magia negra, através das quais ela manteve o rei embruxado e sob seu poder através de uma forte amarração. Com os conhecimentos ocultos que o espelho lhe concedia, a bruxa acabou por matar o rei, e tomar posse do reino. Os Génios, também chamados de Jinn ou Djinn, são espíritos que já eram venerados pelos povos persas da Antiguidade. Nas línguas Árabes, consta que os Génios são conhecidos por Jinn ou Djinn, que parece derivar de uma palavra cuja a raiz significa «oculto», ou «ocultar», traduzindo-se em algo como «aquilo que não é velado, e não pode ser visto ou vislumbrado». São por isso seres espirituais ocultos e escondidos dos nossos sentidos, isto é, são o oposto de um ser material, logo são seres imateriais. Lewis Spence  (1874 – 1955), notório ocultista escocês e autor da «Enciclopaedia of Occultism» ( 1920), faz notar que as crenças populares normalmente são unânimes em afirmar que os Génios foram criados a partir do fogo, ao passo que o ser humano foi criado a partir da terra, e que os génios habitaram a terra por milhares de anos antes do aparecimento do homem. Dizem essas tradições que o génios eram seres perversos, e que por isso acabaram por ser expulsos para recônditas ilhas no mar. afirmam outras tradições que um desses Génios tinha o nome de Azazeel, e foi levado para o Céu pelo anjos, feito prisioneiro; Azazel cresceu entre ele, tornando-se como um deles, e chegando mesmo a ser um dos seus líderes. Porem, tal como Lucifer, também Azazel recusou-se a ajoelhar diante do homem, por o considerar um ser inferior. A sua desobediência foi paga com a expulsão do céu, e Azazel tornou-se assim num demónio. Os génios vivem em comunidades, são governados pelos seus príncipes, podem-se tornar visíveis ou invisíveis, assim como assumir a forma de vários animais como serpentes, gatos e cães. Há Génios bons, e Génios maus, e eles são conhecidos por frequentar locais como casas de banho, cozinhas, poços, encruzilhadas e locais em ruínas.

As bruxas desde há milénios que sabem que os Génios ou Jinn podem ser transformados em servos obedientes através da magia negra, e porem também é verdade que é preciso muito cuidado com as instruções e pedidos que se lhes fazem, pois que eles tendem a usar de toda a lacuna ou omissão para perverter esses desejos em resultados inesperados. Por isso, apenas uma bruxa verdadeiramente experiente deve usar deste recurso de magia negra. E porem, sendo bem usado, ele é dos mais eficazes meios para alcançar os mais espantosos feitos em amarrações amorosas imbatíveis e irresistíveis.

Sendo o génio um ser oposto aos seres materiais, ou seja, um ser imaterial, então nesse sentido lato e amplo o termo Jiin compreende tanto demónios como anjos. No entanto, admitiu-se desde sempre que há uma ligação muito particular entre génios e anjos. Dizem os antigos estudiosos que todo o anjo é um génio, e porem nem todos os génios são anjos. Isto porque o temo Jiin costumava ser aplicado a todos os seres imateriais ou espirituais. E esses seres são de tres tipos: os bons, que são os anjos; os maus, que são os demónios; e os intermediários, que contem bons e maus, e que são os Génios.  As tradições indianas tendem a ver os génios como os Bivs e os Devatas, os génios do Oeste e os génios do Leste, divindades de classe inferior, companheiros e guardiões, uma espécie de mensageiros entre os Deuses e os homens. Nas moedas do imperador Romano Adriano ( 76 – 138 d.C), um Génio é retratado a colocar um cálice sagrado num altar com a sua mão direita, enquanto que a sua mão esquerda segura um chicote, sendo essa imagem o óbvio retrato de uma entidade que eleva os pedidos humanos aos deuses, e porem também traz o poder das divindades a este mundo. Os sacrifícios prestados aos Génios eram sempre ausentes de sangue, consistindo de vinho e flores, e a pessoa que oferecia a oblação era a primeira a beber do cálice. Eram também adorados com prostrações, especialmente nos dias de aniversario, pois a data dos aniversariantes ficava para sempre ao cuidado de um Génio que acompanharia o humano por toda a sua vida, sendo desta tradição que provavelmente nasceu a noção de um anjo da guarda. Quando os Romanos juravam algo, faziam-no em nome do seu Génio, havendo génios individuais ou pessoais, assim como locais. A moradia dos génios era chamada de Jinnistan, cuja a crença popular entre os Persas era um reino e residência dos Jiin, que se havia submetido ao rei Salomão. Na demonologia Persa, os Génios foram altamente valorizados.

O famoso Nuctemeron , é a obra esotérica de Apolónio de Tiana, ( século I a.C), um homem a quem se atribuem vários milagres, inclusive a ressurreição de mortos, e a transfiguração. Por a sua vida, obra e milagres serem tão idênticos aos de Jesus, e porem terem ocorrido um século antes do nascimento de Cristo, a Igreja destruiu praticamente todos os vestígios da sua obra, dos seus livros, e da sua existência. Nuctemeron significa «o dia e a noite», simbolizando o dia que nasce da noite. A obra de Apolónio esta dividida em doze horas como num relógio, e cada hora corresponde a um ensinamento espiritual. Alguns dos demónios revelados no Nuctemeron, eram frequentemente invocados pelas bruxas nos seus trabalhos de magia negra. Nesse mesmo Nuctemeron, é mencionado o génio Tacritan, que é o maior Génio em assuntos de Magia Negra, enquanto que Zarené é o Génio vingador. Mizkun é o Génio dos amuletos protectores. Azazel, é também um dos demónios muitas vezes invocados por bruxas, e eu se diz ter na verdade nascido um Génio. È um demonio associado por alguns demonologistas com o Ar. Na obra do autor John Milton ( 1608 – 1674), este demonio é referido como o portador do estandarte dos anjos rebeldes, embora os demonolgistas Àrabes o considerem um Jinn, aquele que juntamente com Lucifer se recusou a curvar a Adão por o considerarem um filho do pó, (terra), ao passo que eles eram filhos do glorioso fogo.

Nalguns antigos grimórios, Azazel é considerado como guardião da cabra, assumindo assim uma distinta ligação ao demonio Baphomet, e toda a sua marcada influência na bruxaria e nas bruxas. Quando conviveu com directa e visivelmente com humanos, logo após a sua expulsão do Céu, o demónio Azazel tomou para sí mulheres humanas que muito lhe agradaram, e em troca ensinou aos homens as artes de fabricar espadas e escudos. Mas para alem disso, ele ensinou ás bruxas e bruxos os segredos do uso de espelhos mágicos. E é com esses espelhos mágicos que as mais fortes e misteriosas amarrações tem sido feitas desde há milénios. São amarrações tão antigas que se tornaram míticas, pois através dos espelhos chamam-se espíritos de mortos e espíritos de trevas a este mundo, a quem se lhes encarrega de irem infestar e contaminar a vitima do bruxedo com assombrações e obsessões hediondas, ás quais a pessoa acaba por ceder, ou teimando em resistir então acaba num estado de desgraça. Seja como for, nunca mais a vítima se livra do bruxedo, nem de quem a mandou embruxar. Nunca mais. Não há escapatória. E por isso, a pessoa não tem alternativa senão ceder.

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